Internacional

Rússia presta ajuda humanitária na luta contra a Covid-19

Publicado em: 09/04/2020 20:54

O Ministério da Defesa da Rússia, sob o comando de Sergei Shoigu, foi incumbido pelo presidente Vladimir Putin de ajudar a Herzegovina e a Bósnia no combate à Covid-19. Serão enviados três aviões e cinco veículos transportando 24 militares russos para levar assistência a população das nações balcânicas. De acordo com o ministro Sergei Shoigu o auxílio trata-se de uma solicitação em consonância com o pedido feito pelas autoridades da República Sérvia, uma das duas entidades políticas da Bósnia e Herzegovina. Aliás, a própria Sérvia já recebeu ajuda humanitária russa, que anteriormente despachou ao país diversos vôos com equipes de epidemiologistas e médicos militares, além de equipamentos de proteção.

Outro país beneficiado pela Rússia foi à Itália, na província da Lombardia, região mais afetada pelo novo coronavírus. Em Bérgamo está em fase de finalização a montagem do hospital de campanha, que em breve poderá receber pacientes com a Covid-19. Serão 142 leitos e vai funcionar 24h por dia, com aproximadamente 200 especialistas russos e italianos para atender a demanda. Inclusive sobre este auxilio o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte se pronunciou, mostrando-se bastante critico com as insinuações levantadas de que a Rússia teria imposto condições para ajudar a Itália. Conte comentou que aventar tal ideia é um insulto grave. "A própria suspeita me ofende profundamente. É uma ofensa ao governo italiano pensar que a ajuda que recebemos da Rússia, da China ou de outros países pode influenciar a posição geopolítica da Itália. Para mim, e também para Vladimir Putin, com quem tive uma longa ligação telefônica e que nem sequer cogitou em usar esta situação para exercer pressão, é uma afronta grave", garantiu.

Em relação a não ter tomado logo as medidas de contenção na disseminação do vírus, Conte esclareceu que a Itália possui “um sistema completamente diferente do da China”. “Para nós, a limitação das liberdades constitucionais foi uma decisão crítica. Se eu tivesse proposto fazê-lo desde o início, quando surgiram os primeiros surtos, as pessoas me teriam tomado por um louco. Se tivesse voltado ao passado, teria feito a mesma coisa", afirmou o premiê.

Já o embaixador do Equador em Moscou, Julio Prado Espinosa, anunciou que o governo equatoriano também solicitou apoio de empresas e laboratórios russos para receber doações de medicamentos, máscaras e equipamentos respiratórios. Espinosa disse que o Equador e a Rússia poderão adotar algo concreto em breve, devido à estreita ligação que háe entre os dois países. “Sabemos que podemos contar com a solidariedade da Federação da Rússia e de seu povo", completou. Além disso, o embaixador declarou que instituições do governo russo, como o Comitê Nacional de Cooperação Econômica com Países da América Latina e a Agência Médico-Biológica Federal, igualmente estão providenciando medidas para obter medicamentos assim como testes de diagnóstico e ventiladores mecânicos.

Segundo Espinosa o governo do presidente Lenín Moreno implementou todas as ações necessárias para solicitar a cooperação e a solidariedade de países amigos, para ajudá-los a combater essa pandemia. Até o momento a Áustria e a Coreia do Sul já colaboraram com a doação de inúmeros materiais indispensáveis à saúde na luta contra a Covid-19, além da contribuição da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Organização Mundial da Saúde (OMS) e das fundações Alibaba e Jack Ma que forneceram insumos, kits entre outros.  
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