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Oposição venezuelana entregará manifesto em unidades militares, diz Guaidó

Por: AFP

Publicado em: 03/05/2019 20:33

Foto: Reprodução/Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)
Foto: Reprodução/Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)
Os oponentes venezuelanos tentarão entregar um manifesto neste sábado (4) nas principais unidades militares do país, no qual eles pedem que as Forças Armadas rompam com o presidente Nicolás Maduro - disse o chefe do Parlamento, Juan Guaidó, nesta sexta-feira (3).

"De maneira pacífica, civilizada (...) vamos entregar um documento simples, um manifesto às Forças Armadas para que ouçam o chamado venezuelano, que é possível uma transição rápida para gerar eleições livres", disse Guaidó em entrevista coletiva, um dia depois de convocar protestos para as guarnições.

Segundo o opositor, a mensagem ratificará o "compromisso" do legislativo, de maioria opositora, com uma lei de anistia para os militares que romperem com o governante socialista.

Guaidó já havia organizado em janeiro protestos em destacamentos militares para entregar o texto dessa norma.

Este novo desafio acontece depois que, na última terça-feira, o deputado liderou a rebelião de um reduzido grupo de militares em Caracas, com a expectativa de que as Forças Armadas se somassem ao motim.

No entanto, a cúpula reiterou sua lealdade a Maduro, depois que 25 militares pediram asilo nas embaixadas de Brasil e Panamá, e o opositor Leopoldo López, solto pelos rebeldes de sua prisão domiciliar, refugiou-se na residência do embaixador da Espanha.

Guaidó reivindica que essa ação demonstrou que Maduro "não controla as Forças Armadas". O chefe da oposição ratificou o caráter pacífico das marchas de sábado, e pediu a seus apoiadores para evitarem provocações.

"Em cada um dos estados iremos (...) no marco da Constituição, de maneira não violenta, somar o que nos faz falta hoje para produzir a transição que todos desejamos", afirmou.

Guaidó insistiu em que mantém negociações secretas com oficiais das Forças Armadas que apoiam sua proposta de instaurar um "governo de transição" que convoque eleições presidenciais.

"Há negociações com funcionários de todos os escalões, de todos os níveis. Fizemos todos os esforços desde o começo do ano para poder passar para uma democracia. Todos os esforços continuarão sendo feitos e vamos insistir por esta via", disse.
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