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Modernidade e tradição se misturam no nascimento de um bebê real

Publicado em: 06/05/2019 16:22 | Atualizado em: 06/05/2019 16:59

O Duque e a Duquesa de Sussex anunciaram a chegada do primeiro filho pelo Instagram - Foto: Divulgação
Rompendo com a tradição, o príncipe Harry e sua esposa Meghan anunciaram o nascimento de seu primeiro filho no Instagram mas, ainda que ofereçam uma imagem de casal moderno, também têm que respeitar regras que em alguns casos são ancestrais.

Houve um tempo em que o Ministro do Interior devia assistir ao nascimento de um bebê real, herdeiro potencial do trono, para assegurar sua legitimidade.

Para a sorte de Meghan, essa tradição foi abandonada em 1936, com o nascimento da princesa Alexandra, prima da rainha Elizabeth II.

O príncipe Harry assistiu ao nascimento de seu primogênito, como fez seu irmão William com seus três filhos.

Visivelmente encantado, deu a notícia aos jornalistas reunidos em frente ao castelo de Windsor. Honrando a modernidade, ao mesmo tempo publicou uma mensagem na conta do casal no Instagram, que dizia: "É um menino!" e que recebeu mais de 750.000 "curtidas" em uma hora. Criada no mês passado, a conta já tinha batido um recorde de rapidez ao reunir 1 milhão de seguidores em menos de seis horas.

Tiros de canhão
Segundo a tradição, a rainha Elizabeth II e o círculo principal da família real foram os primeiros a serem informados do nascimento.

Logo depois foi colocada uma proclamação assinada pelos médicos reais em um cavalete no pátio do palácio de Buckingham, para informar a população.

Para celebrar a chegada são previstos tiros de canhão em Londres (62 disparos da Torre de Londres e 41 do Green Park, junto ao palácio de Buckingham).

O secretário pessoal da rainha é o encarregado de informar os governadores gerais da Commonwealth. 

O nome do bebê pode não ser anunciado por vários dias depois do nascimento: os britânicos tiveram que esperar uma semana antes de conhecer o nome de William e um mês para o de Charles.

O príncipe Harry disse nessa segunda-feira que quer apresentar o recém-nascido e anunciar seu nome "provavelmente dentro de dois dias".

Assim vai se diferenciar de seu irmão William e esposa Kate, cujos três filhos - o príncipe George, de 5 anos, a princesa Charlotte, de 4, e o príncipe Louis, de 1 - foram apresentados às câmeras do mundo inteiro logo após o nascimento.

Harry luta há anos para proteger sua vida pessoal. Sua relação com os meios de comunicação é tensa desde a morte de sua mãe, Diana, em um acidente de carro em Paris em 1997, perseguida por paparazzi.

O local do nascimento do bebê real não foi divulgado, mas segundo a mídia britânica o casal queria que o bebê nascesse em casa, o que resgataria uma antiga tradição: a rainha Elizabeth II teve seus quatro filhos no palácio.
Futuro conde?
Diferente de seus primos, o filho de Harry e Meghan não será príncipe, a menos que a rainha queira. 

Seu título ainda não foi anunciado, mas poderia ser conde de Dumbarton (Escócia), o segundo dos títulos de nobreza que a rainha atribuiu a Harry na ocasião de seu casamento com Meghan.

O bebê será batizado na igreja anglicana, vestido com uma réplica do vestido de renda e cetim usado pela filha mais velha da rainha Vitória em 1841. O original, usado por 62 bebês da família real, não é utilizado desde 2004 para que não se deteriore.

Os bebês da família real são geralmente batizados pelo arcebispo de Canterbury na capela real do palácio de Saint James, com água do rio Jordão - onde Jesus foi batizado por João Batista, segundo o Evangelho -, derramada na pia de prata esculpida com ninfeias utilizada pela família real há várias gerações.

Os bebês reais tem geralmente seis padrinhos e madrinhas.
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