Protesto

Marcha das Mulheres volta a ser realizada em Washington

A marcha original em 2017, um dia depois da posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atraiu milhares de pessoas.

Publicado em: 19/01/2019 15:38 | Atualizado em: 19/01/2019 15:50

FOTO: Jose Luíz Magana / Associated Press  (FOTO: Jose Luíz Magana / Associated Press )
FOTO: Jose Luíz Magana / Associated Press (FOTO: Jose Luíz Magana / Associated Press )
A marcha das mulheres volta a ocorrer em Washington neste sábado em meio a uma controvérsia e com rota abreviada devido à paralisação parcial do governo. Os organizadores apresentaram este ano uma solicitação de permissão para participação de até 500 mil pessoas, mas esperava-se que o comparecimento fosse menor. Marchas paralelas foram planejadas em dezenas de cidades dos EUA.

O plano original era que participantes se reunissem no parque National Mall, em Washington. Mas, com a previsão de neve e chuva, e o Serviço Nacional de Parques sem recolher a neve por causa da paralisação parcial do governo, os organizadores mudaram a localização da marcha e a rota para começar no Freedom Plaza, a poucos quarteirões da Casa Branca, e seguir pela avenida Pennsylvania, passando pelo hotel Trump International.

A marcha deste ano também esteve no centro de um debate ideológico. Em novembro, Teresa Shook, uma das fundadoras do movimento, acusou os quatro principais líderes da organização nacional de anti-semitismo. A acusação tinha como alvo duas líderes principais: Linda Sarsour, uma norte-americana de origem palestina que já criticou a política israelense, e Tamika Mallory, que manteve uma associação com o líder da Nação do Islã Louis Farrakhan.

Shook, uma advogada aposentada do Havaí, foi creditada como a agitadora do movimento, tendo criado um evento no Facebook que se transformou no protesto maciço de 21 de janeiro de 2017. Em um post no Facebook, ela disse que Sarsour e Mallory, juntamente com os outros organizadores Bob Bland e Carmen Perez, afastaram o movimento "de seu verdadeiro curso" e pediu que todos os quatro se afastassem. Os quatro organizadores negaram a acusação mas Sarsour lamentou publicamente que eles não foram "mais rápidos e mais claros em ajudar as pessoas entender nossos valores". 

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