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Chefe regional do PCC é capturado no Paraguai e deportado ao Brasil

Almeida vinha sendo procurado pela Justiça brasileira. Ele foi acusado de ser um dos responsáveis, em 2006, pelo sequestro da mãe do ex-lateral Kléber, que na época defendia o Santos

Publicado em: 20/07/2018 08:05 | Atualizado em: 20/07/2018 08:11

Eduardo Aparecido de Almeida, o Piska, foi acusado de ser um dos responsáveis pelo sequestro da mãe do ex-lateral Kléber. Imagem: Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai / Divulgação
Asunción, Paraguai - Um chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das principais facções de tráfico de drogas no Brasil, foi capturado em Assunção e entregue à polícia brasileira, informaram as autoridades paraguaias. Em uma operação relâmpago que terminou na noite de quarta-feira (18/7) , Eduardo Aparecido de Almeida, de 39 anos, mais conhecido como "Piska", foi surpreendido por agentes antidrogas na luxuosa residência que alugava.

Na operação também foi preso Ricardo Moraes Alves, com uma longa lista de antecedentes criminais, e um oficial de polícia paraguaio que fazia a segurança, segundo foi informado. A presença do policial como segurança levou à participação da Unidade de Assuntos Internos da força, que investiga um suposto vínculo com oficiais locais de alto escalão, informou a Secretaria Antidrogas do Paraguai (Senad).

Os dois brasileiros foram transportados de avião até Ciudad del Este (330 km a leste de Assunção), na fronteira com o Brasil, onde foram entregues a representantes da Polícia Federal. Na casa inspecionada, que pertence ao ex-jogador argentino Roberto Nanni (ex-Vélez Sarsfield e ex-Cerro Porteño), residente em Assunção, foram encontradas duas caminhonetes e duas motocicletas luxuosas, mais de 100 mil dólares em espécie, e notas brasileiras e paraguaias.

Nanni esclareceu aos jornalistas que havia confiado a uma imobiliária o aluguel de sua propriedade. O preço mensal do aluguel é de 2.500 dólares, e o brasileiro havia pago 16 mil dólares adiantados, disse o chefe antidrogas, Hugo Vera, em entrevista coletiva.  No momento da prisão, Eduardo Aparecido de Almeida tentou queimar documentos que foram resgatados pelo Ministério Público e tentou fugir subindo em uma parede, mas foi obrigado a se render, como visto em um vídeo gravado pelos agentes antidrogas. 

O chefe antidrogas estimou em 20 mil os chamados "soldados do PCC" que operam no Cone Sul. "O PCC é uma organização criminosa que se desenvolve por células e tem um modus operandi bem organizado", explicou o policial.
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