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EUA impõem sanções econômicas contra chefe do banco central iraniano

A decisão reforça a linha dura de Trump depois de sua decisão de sair do acordo nuclear com Teerã afetando, consequentemente, as grandes potências europeias

Publicado em: 15/05/2018 16:39

Os Estados Unidos aumentaram sua pressão financeira sobre o Irã nesta terça-feira (15), aplicando sanções ao presidente do banco central do país e impedido que pessoas do mundo inteiro façam negócios com a instituição. A decisão reforça a linha dura do presidente americano, Donald Trump, depois de sua decisão de sair do acordo nuclear com Teerã afetando, consequentemente, as grandes potências europeias. 

O diretor do banco central iraniano, Valiollah Seif, foi apontado como um "terrorista global especialmente denominado", assim como outro funcionário, Ali Tarzali, que trabalha na divisão internacional da instituição. O Departamento do Tesouro americano acusou ambos de secretamente canalizarem milhões de dólares para ajudar o Hezbollah - considerado um grupo terrorista pelos EUA - através de um banco iraquiano. 

As ramificações das sanções para a economia iraniana não foram detalhadas, mas os EUA disseram que as punições contra Seif não se estendem ao próprio banco central iraniano. Ainda assim, o governo americano afirmou que impôs "sanções secundárias" aos funcionários do banco, o que poderia aumentar significativamente o isolamento do país no sistema financeiro global. 

Geralmente, quando os EUA punem indivíduos com sanções, também proíbem empresas e cidadãos americanos de fazerem negócio com eles. As sanções secundárias também se aplicam a pessoas e empresas não americanas e proíbem a realização de negócios delas com Seif ou Tarzali. Caso o façam, podem ser punidas e impedidas de atuar no sistema financeiro dos EUA. 

As medidas foram colocadas como parte do conjunto de ações do governo Trump para construir uma coalizão global que pressione o Irã a ponto de fazer o país voltar à mesa de negociações e assinar um novo e mais amplo acordo nuclear.

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