Militares

Dissidentes das Farc morrem em combates na fronteira Colômbia-Equador

Os 11 faziam parte da chamada Frente Sétima, dirigida por Édgar Salgado, conhecido como Rodrigo Cadete, um reconhecido ex-chefe das Farc

Por: AFP

Publicado em: 16/05/2018 19:29 | Atualizado em: 16/05/2018 19:40

Oito dissidentes das Farc morreram e três ficaram feridos durante operações militares no departamento colombiano de Putumayo, na fronteira com o Equador, anunciaram as autoridades nesta quarta-feira (16).

Os 11 faziam parte da chamada Frente Sétima, dirigida por Édgar Salgado, conhecido como Rodrigo Cadete, um reconhecido ex-chefe das Farc que se virou contra o acordo de paz de 2016.

"Entre os neutralizados (mortos) se encontra alguém com a alcunha Cachorro, segundo dirigente e braço direito de Cadete", assinalou o Ministério da Defesa no Twitter.

Antes de desertar da já dissolvida guerrilha marxista, os rebeldes dessa frente estiveram envolvidos na morte de dezenas de militares e civis, assim como no sequestro e desaparecimento de oficiais, de acordo com a Inteligência militar.

Cadete é assinalado de ter vínculos com o tráfico de cocaína e coltan, usado na indústria tecnológica, para Venezuela e Brasil.

Sem um comando unificado, as dissidências das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) operam em vários pontos do país e, segundo o Exército, contariam com 1.200 combatentes.

As autoridades reforçaram as perseguições contra os dissidentes depois que a Frente Oliver Sinisterra, comandada por um dissidente conhecido como Guacho, sequestrou e assassinou uma equipe de imprensa equatoriana na fronteira com o Equador.

Embora o acordo de paz tenha diminuído sensivelmente a intensidade do conflito colombiano, rebeldes guevaristas e grupos armados do narcotráfico ainda operam.
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