Diretor da agência ambiental dos EUA enfrenta pressão por escândalos

Publicado em: 26/04/2018 21:42

O diretor da Agência de Proteção Ambiental americana (EPA), Scott Pruitt, testemunha diante do Comitê de Energia da Câmara de Representantes em Washington, nos Estados Unidos, em 26 de abril de 2018. AFP / Brendan SMIALOWSKI
O diretor da Agência de Proteção Ambiental americana (EPA), Scott Pruitt, enfrenta nesta quinta-feira uma enorme pressão em uma audiência ante o Congresso, em consequência da multiplicação de escândalos durante sua curta gestão.

Pruitt, já questionado por se recusar a aceitar as mudanças climáticas e por sua proximidade com empresas petroleiras, enfrenta agora denúncias de gastos indevidos e de uma polêmica negociação de um apartamento na capital americana.

De acordo com as denúncias, Pruitt fechou um acordo proveitoso para a aquisição do imóvel, negociado com um lobista que age como intermediário de empresas que têm contratos com a EPA.

O último dos escândalos com Pruitt se refere à construção de um mecanismo para telecomunicações seguras em seu escritório, sendo que a EPA já possui outros dois dispositivos similares.

Na tensa audiência no Comitê de Energia da Câmara de Representantes, o legislador democrata Frank Pallone foi direto ao ponto, e perguntou a Pruitt se ele tinha consciência de que "em outro governo já teria sido despedido".

A gestão de Pruitt só trouxe "segredos, conflitos de interesse e escândalos" para a EPA, disse. "Cada informação que temos indica que você deveria renunciar, porque não merece a confiança pública", apontou o legislador.

Outros legisladores do partido Democrata questionaram a decisão de Pruitt de revogar normativas que obrigam empresas privadas a controlar suas emissões e subprodutos em nome da saúde pública.

Também questionaram seu constante desdém por estudos científicos e sua insistência em negar a ameaça representada pelas mudanças climáticas.

Pruitt se defendeu. "Quero ser claro: não tenho nada a esconder no que se refere a como dirigi a Agência nos últimos 16 meses".

No entanto, apontou que há um "processo de aprendizado" em como administrar uma entidade como a EPA.

"Os que atacam agora a EPA e a mim estão fazendo isso porque querem atacar o presidente", Donald Trump, e "obstaculizar as prioridades deste governo. Não deixarei isso acontecer", acrescentou.
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