Guerra

Sobe para 7 total de palestinos mortos entre a Faixa de Gaza e Israel

Cerca de 17 mil pessoas se aproximaram da cerca divisória em pontos da Faixa de Gaza, e o exército israelense respondeu com bombas de gás lacrimogêneo

Publicado em: 30/03/2018 12:06

Os incidentes e enfrentamentos registrados na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel hoje (30), no protesto denominado Grande Marcha do Retorno, convocado pelo Hamas por ocasião do Dia da Terra, resultaram na morte de sete palestinos e deixaram outros 500 feridos. Anteriormente, o total de mortos era de quatro.

Cerca de 17 mil pessoas se aproximaram da cerca divisória em pontos da Faixa de Gaza, e o exército israelense respondeu com bombas de gás lacrimogêneo e outros meios de dispersão, e também com munição real contra os que se aproximam da cerca além do permitido.

Segundo confirmou à Agência EFE o porta-voz do Ministério da Saúde do Hamas em Gaza, Ashraf al Qedra, soldados israelenses atiraram durante a manhã contra dois camponeses que transitavam em suas terras perto da fronteira no sudeste da cidade de Khan Yunis, sendo que um deles, de 27 anos, morreu e o outro ficou ferido.

Mais tarde, após o início das manifestações que reuniram milhares de pessoas que seguiram a pé rumo a seis pontos da fronteira, outros seis palestinos morreram e cerca de 500 ficaram feridos por fogo israelense em confrontos violentos, de acordo com Qedra.

Segundo relataram à EFE algumas testemunhas, vários jovens palestinos atiraram pedras contra soldados israelenses, que responderam com gás lacrimogêneo para dispersar os milhares de homens, mulheres e crianças que compareceram a seis pontos da divisa com bandeiras palestinas em resposta ao chamado do movimento Hamas para uma participação maciça nas marchas de hoje.

Palestinos festejam Dia da Terra

O evento de protesto coincide com o Dia da Terra, no qual os palestinos lembram a morte de seis árabes-israelenses na Galileia, no norte de Israel, em 1976 em protestos contra o confisco de terras.

O movimento islamita Hamas pediu à população de Gaza que fizesse um protesto e com acampamentos até 15 de maio, dia da Nakba (Catástrofe), no qual os palestinos lembram o êxodo provocado pela criação de Israel em 1948.

O exército israelense afirmou em comunicado que "17 mil palestinos se manifestam violentamente em cinco localidades diferentes da Faixa de Gaza. Os manifestantes estão atirando pneus incendiados, coquetéis molotov e pedras contra a cerca de segurança", enquanto as tropas do exército "respondem com meios de dispersão e atirando contra os principais instigadores".
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