NOVA YORK

Maestro James Levine processa Ópera Met após demissão por abuso sexual

Em sua ação, Levine exige da Met uma indenização de quatro milhões de dólares por ruptura de contrato e difamação e acusa a Ópera de manchar seu legado

Por: AE

Publicado em: 16/03/2018 08:55 | Atualizado em: 16/03/2018 09:20

A orquestra declarou ter encontrado "provas confiáveis de que Levine teve uma conduta sexualmente abusiva e assediadora com artistas. Foto: Youtube/Reprodução (Foto: Youtube/Reprodução)
A orquestra declarou ter encontrado "provas confiáveis de que Levine teve uma conduta sexualmente abusiva e assediadora com artistas. Foto: Youtube/Reprodução (Foto: Youtube/Reprodução)

O consagrado maestro James Levine, demitido da Ópera Metropolitana de Nova York no início da semana por "conduta sexualmente abusiva", entrou nesta quinta-feira com uma ação judicial contra a instituição. "É chocante que o senhor Levine negue a responsabilidade por suas ações e, ao contrário, decida arremeter contra a (Ópera) Met com uma ação repleta de mentiras", disse a advogada da instituição cultural, Betsy Plevan.

Em sua ação, Levine exige da Met uma indenização de quatro milhões de dólares por ruptura de contrato e difamação, e acusa a Ópera de manchar seu legado. Em dezembro passado, a Met já havia suspendido Levine, seu maestro durante 40 anos, após as primeiras denúncias de "conduta sexualmente abusiva e assediadora" contra jovens músicos.

Aposentado desde 2016, Levine ainda era diretor musical emérito da Met e até dezembro seguia trabalhando ocasionalmente como maestro. Após uma investigação que incluiu entrevistas com mais de 70 pessoas, a Met declarou ter encontrado "provas confiáveis de que Levine teve uma conduta sexualmente abusiva e assediadora com artistas vulneráveis sobre os quais tinha autoridade, no começo de suas carreiras". 

Desde que mais de uma centena de mulheres acusaram de assédio, agressão sexual ou estupro o produtor de cinema e televisão Harvey Weinstein, em outubro passado, os Estados Unidos vivem uma onda de denúncias de abuso sexual que derrubaram homens poderosos em outras indústrias, da música ao balé, da gastronomia à política, das finanças aos meios de comunicação.
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