Curiosidade

Declarado como morto, homem enfrenta 'pesadelo na justiça' para reverter caso

Constantin Reliu viajou à trabalho para a Turquia e perdeu todo o contato com a família, voltando 20 anos depois ao país de origem

Publicado em: 19/03/2018 09:41

Agora, Reliu enfrenta a justiça para provar que está vivo e voltar a trabalhar. Foto: ADRIAN ARNAUTU/AFP (Foto: ADRIAN ARNAUTU/AFP)
Agora, Reliu enfrenta a justiça para provar que está vivo e voltar a trabalhar. Foto: ADRIAN ARNAUTU/AFP (Foto: ADRIAN ARNAUTU/AFP)



O curioso caso do fotógrafo romeno Constantin Reliu, de 63 anos, vem ganhando a internet na última semana. O profissional, há 20 anos, foi declarado como morto e atualmente luta na justiça por ser reconhecido como vivo. "Eu não tenho nenhuma renda e, porque sou considerado morto, eu não posso fazer nada", afirmou o homem em entrevista à Associeted Press.

Um fantasma vivente. Esta é a forma como Reliu se classifica. Após anos morando na cidade natal, em 1992, ele se mudou a trabalho para a Turquia, e perdeu todo o contato com a família. Sem notícias alguma do marido, só restou a companheira registrá-lo como morto. A certidão de óbito foi conquistada em 2016. Dois anos após ser considerado "oficialmente morto", Reliu foi deportado para o país de nascença, na prerrogativa de que todos os seus documentos estavam expirados. 

O "pesadelo jurídico", maneira até como o próprio homem se refere ao processo na justiça, tomou outras formas nessa semana. Ainda na última quinta-feira (15), um tribunal da cidade de Vaslui, ao norte do país, recusou-se a cancelar seu atestado de morte, na justificativa de que o pedido de reversão teria sido feito "tarde demais". 

A dificuldade da anulação do óbito proíbe que Reliu trabalhe ou tenha qualquer direito dentro do país. Em entrevista ainda ao jornal, ele afirmou que o impasse chegou a afetar a relação com sua mulher, que se apropriou da casa após ele ser declarado como morto.
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