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Atriz pornô diz que foi ameaçada para ficar em silêncio sobre caso com Trump
Stormy Daniels afirma que um homem a abordou num estacionamento, disse que sua filha era linda e seria uma pena se acontecesse algo com a mãe.
Publicado: 25/03/2018 às 21:04

Atriz pornô disse que temeu derrubar a filha ao ser ameaçada após cogitar vender história do relacionamento sexual com Donald Trump. Foto: Michael Vadon/Reprodução/Internet/Atriz pornô disse que temeu derrubar a filha ao ser ameaçada após cogitar vender história do relacionamento sexual com Donald Trump. Foto: Michael Vadon/Reprodução/Internet
A atriz pornô Stormy Daniels detalhou seu suposto caso com Donald Trump e a ameaça que recebeu para tentar silenciá-la, em uma entrevista muito aguardada, exibida neste domingo pela CBS. Daniels disse a Anderson Cooper no programa 60 Minutes que fez sexo sem camisinha com Trump uma vez em 2006 e que foi ameaçada por um homem em um estacionamento em Las Vegas quando tentou vender sua história, em 2011.
Stormy Daniels quer ser liberada de um acordo de confidencialidade, assinado pouco antes das eleições presidenciais, pelo qual recebeu 130 mil dólares, levando a acusações de que o pagamento representou uma contribuição ilícita para a campanha de Trump.
Quando Cooper perguntou se ela transou com Trump, Daniels respondeu: "Sim". E diz não ter ficado atraída por ele, nem sentido vontade de fazer sexo. "Eu não disse não. Eu não sou uma vítima", afirmou segundo uma transcrição adiantada da entrevista da CBS.
Stormy Daniels disse que ficou em contato com Trump após o encontro porque "pensou nisso como um negócio". O magnata teria dito que tentaria incluí-la no reality show "O Aprendiz", apresentado por ele na época.
Ameaça - Na época, Trump não lhe pediu para não revelar o encontro, mas isso mudou quando ela concordou em vender a história para uma revista por 15 mil dólares, em 2011, segundo Daniels. "Eu estava no estacionamento, indo para uma aula de ginástica com a minha filha pequena. Pegando as coisas, o assento no banco de trás, a bolsa com as fraldas, tirando tudo do carro", lembrou.
"Um cara veio até mim e disse 'Deixe o Trump para lá. Esqueça essa história'. Aí ele se inclinou, olhou para a minha filha e disse 'Essa é uma menininha linda. Seria uma pena se acontecesse algo com a sua mãe'", afirmou Daniels, que disse ter ficado trêmula de medo e temeu derrubar a filha.
Cooper perguntou se ela considerou uma ameaça direta, ao que Daniels respondeu: "Totalmente". Ela acrescentou que o medo também lhe motivou a assinar o acordo, 11 dias antes da eleição de 2016. "A história estava voltando. Eu fiquei preocupada com minha família e sua segurança", disse.
Sobre os motivos para falar disso agora, Daniels disse não se ver como vítima, ou parte do movimento "Me Too", mas que queria deixar os fatos esclarecidos. "Eu não estou OK com ser apontada como mentirosa", disse ela. Quando foi questionada sobre o que diria a Trump se ele estivesse assistindo à entrevista, Daniels resumiu: "Ele sabe que estou falando a verdade".
A Casa Branca negou qualquer encontro sexual entre Trump e Daniels. Contudo, ela não tratou de provas que confirmem seu encontro com Trump, uma possibilidade citada por seu advogado antes da entrevista. Michael Avenatti postou uma foto no Twitter de um HD com o texto: "Se uma foto vale mais que mil palavras, quantas palavras isso vale?".
Avenatti abriu um processo em nome de Daniels - cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford - no começo deste mês para tentar eliminar o acordo. A atriz foi paga pelo advogado pessoal de Trump, Michael Cohen. Cohen alegou que Daniels deve 20 milhões de dólares por violar o acordo - 1 milhão por cada vez que fez isso - em um arquivo judicial anterior à entrevista.
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