Turismo

Madri, Paris e outras seis cidades europeias se unem contra o Airbnb

Foi pedido que a empresa seja forçada a revelar a identidade dos proprietários que oferecem as locações

Publicado em: 31/01/2018 09:17

Foto: Reprodução/Pixabay
 Madri, Barcelona, Paris e outras cinco cidades europeias se uniram para cobrar medidas que evitem os efeitos negativos do aluguel turístico. Os países querem que a Comissão Europeia obrigue a plataforma Airbnb a compartilhar dados de seus clientes. Isso poderia acabar com o negócio de locação, pois a empresa cobra um percentual da reserva e poderia perder receita se os turistas passassem a entrar em contato direto com os locadores.

O aluguel de apartamentos por meio do Airbnb foi uma revolução no setor. As prefeituras de Madri, Barcelona, Paris, Bruxelas, Cracóvia, Viena, Reikjavik e Amsterdã estão envolvidas na nova proposta. Foi pedido que a empresa seja forçada a revelar a identidade dos proprietários que oferecem as locações. 

Representantes das cidades enviarão uma carta a Bruxelas, declarando o desejo de manter o equilíbrio entre o fluxo de turistas e a proteção dos moradores dos bairros afetados pela inda e vinda de pessoas. Berlim e Londres não estavam presentes na reunião, mas também receberão a proposta, para caso queiram apoiá-la. 

A Airbnb não foi convidada e emitiu um comunicado oficial, declarando que "trabalha com mais de 300 prefeituras para esclarecer as regras dos alugueis administrados. Enquanto outras empresas, como a HomeAway, TripAdvisor, Expedia e Booking.com não fazem nada, nós defendemos um crescimento responsável".

O vice-prefeito de Amsterdã argumentou que a proposta não é nada disparatada. “Em virtude da proteção de dados, o Regulamento Europeu permite que o Airbnb e as demais mantenham o anonimato do responsável pela casa e dos endereços no aluguel. Todos os produtos têm normas de qualidade e só pedimos o mínimo exigível: um registro com um número para saber quem aluga, que pode ser incluído na página da Internet da empresa”, declarou. O problema, para ele, não é o turismo, e sim o grande volume de visitantes. Em 2008, Reikjavik recebeu 450 mil pessoas, mas agora são 2,5 milhões anualmente. "Sem regulamentação, será inabitável", afirmou Sigurdur Bjorn Blondal, vice-prefeito da cidade.
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