Oriente Médio
Conheça cinco fatos sobre Belém, lugar onde nasceu Jesus Cristo
Território palestino ocupado por Israel é onde nasceu Jesus
Por: AFP - Agence France-Presse
Publicado em: 24/12/2017 11:30 Atualizado em:
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Um homem palestino reza na Igreja da Natividade. Fotos: AFP |
Belém, na Cisjordânia, um território palestino ocupado há quase meio século por Israel, é o lugar onde nasceu Jesus, segundo a tradição cristã, mas também abriga locais santos para o judaísmo e o islã.
Cidade santa para três religiões monoteístas
No coração de Belém, a Igreja da Natividade, construída no século IV no lugar de nascimento de Jesus, atrai peregrinos cristãos e muçulmanos. A gruta sob a igreja é uma cripta retangular pavimentada com mármore.
Três igrejas cristãs (ortodoxa, católica e armênia) administram o edifício, submetido a uma série de transformações ao longo dos séculos. Os muçulmanos têm direito a rezar na ala sul da basílica.
Belém, que ocupa um lugar importante na Bíblia, fez uma primeira aparição em Gênesis sob o nome de Efrata, onde morre Raquel, esposa do patriarca Jacó, neto de Abraão.
O Túmulo de Raquel, no extremo da cidade, é o terceiro local mais sagrado no judaísmo, depois do Monte do Templo em Jerusalém (chamado de Esplanada das Mesquitas pelos muçulmanos) e da Caverna dos Patriarcas em Hebron (mesquita de Ibrahim para os muçulmanos).
Patrimônio da Unesco
Em junho de 2012, a Igreja da Natividade passou a fazer parte da lista do Patrimônio Mundial da Humanidade da Unesco, apesar da forte oposição de Israel e dos Estados Unidos. Os palestinos declararam uma vitória "histórica".
Em outubro de 2010, o conselho executivo da Unesco adotou uma resolução que descreve o Túmulo de Raquel como sendo também uma mesquita - "a mesquita Bilal Bin Rabah/Túmulo de Raquel em Belém".
Procissão e missa do galo
Todos os anos em 24 de dezembro, Belém vive no ritmo das celebrações de Natal. Estas começam com uma procissão do patriarca latino, que parte de Jerusalém e cruza o muro de separação construído por Israel.
As fanfarras dos escoteiros escoltam a procissão, ao som de gaitas e tambores, até a Igreja da Natividade. Na praça do Pesebre de Belém, há muitas procissões coloridas.
À meia-noite, o patriarca latino celebra a tradicional missa do galo, na Igreja de Santa Catarina, ao lado da basílica da Natividade, com a presença de muitos líderes religiosos e representantes políticos palestinos.
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O arcebispo Pierbattista Pizzaballa, administrador apostólico do Patriarcado latino de Jerusalém, gesticula após a chegada em ponto de controle israelense para participar das celebrações |
Prisioneira do muro de separação israelense
Em 2002, Israel ergueu uma barreira de segurança na Cisjordânia ocupada, considerada um "muro do apartheid" pelos palestinos, que separa Belém de Jerusalém, a menos de 10 quilômetros de distância, e de localidades palestinas vizinhas.
Em 7 de abril, Israel começou a levantar seu muro no setor de maioria cristã de Beit Jala e do vale de Cremisã, perto de Belém.
Dois milhões de peregrinos
O distrito de Belém, onde vivem cerca de 210.000 palestinos, compreende Belém (40.000 habitantes), Beit Jala, Beit Sahour, 30 aldeias e três campos de refugiados.
A cidade, que tinha maioria cristã há meio século, hoje é predominantemente muçulmana, mas os cristãos têm um papel central na vida econômica.
O turismo é um dos principais recursos da cidade, e a Igreja da Natividade atrai dois milhões de peregrinos todos os anos.
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