Internacional May diz que publicará em breve lista de setores com transição para Brexit A premiê voltou a dizer que a população teve a oportunidade de escolher o que queria para o futuro do Reino Unido

Por: Agência Estado

Publicado em: 09/10/2017 14:44 Atualizado em:


Durante uma sessão de perguntas e respostas no Parlamento britânico, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, respondeu de forma curta e seca que a lista dos setores que mais precisarão de um tempo para se adaptarem ao Brexit (saída do país da União Europeia) será publicada "em breve". Mais cedo, durante seu discurso inicial, ela disse que o governo preparava dois projetos que envolviam como temas o mercado comum europeu e a questão alfandegária entre as partes. 

Várias vezes durante sua presença na Casa, ela teve de defender o período de transição de mais dois anos que solicitou durante o discurso realizado em Florença, no mês passado. Uma das questões foi sobre o que ocorrerá se o bloco europeu não aprovar esse período extra de adaptação, o que tem preocupado, segundo um parlamentar da oposição, a população. "Reconheço a preocupação que as pessoas têm em relação à situação do futuro. Por isso, estamos preparando todos os passos necessários para essa transição", afirmou sem responder exatamente o ponto principal da pergunta. 

A premiê voltou a dizer que a população teve a oportunidade de escolher o que queria para o futuro do Reino Unido no plebiscito do ano passado e que a escolha foi a de se retirar do bloco comum europeu. "E nós vamos entregar o desejo dos britânicos", prometeu. Theresa May também destacou que a parte europeia se mostrou alinhada em relação à questão da Irlanda e Irlanda do Norte - única parte em que há uma fronteira terrestre entre os dois lados. A proposta britânica é a de que não haja uma fronteira física na região.

CATALUNHA - A premiê também foi questionada sobre a questão da Catalunha, cujo governo regional busca a separação da Espanha. Ela disse que defende uma solução pacífica para o caso, mas ressaltou que o governo espanhol "tem todo o direito de invocar a Constituição", numa referência ao papel contrário à independência da região já demonstrada pelo governo central.