Fukushima
Justiça responsabiliza governo Japonês por desastre de Fukushima
Nova sentença emitida por tribunal do Japão obriga governo Japônes e a operadora nuclear a compensarem os milhares de afetados pelo ocorrido
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 10/10/2017 10:17 Atualizado em: 10/10/2017 10:29
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| Essa é a terceira decisão do Tribunal do Distrito de Fukushima contra a empresa Tokyo Electric Power e a segunda contra o Estado. Foto: naturalflow/Flickr |
Justiça responsabilizou o governo Japonês e a operadora Nuclear de Fukushima denegligência na catástrofe atômica. Uma nova sentença emitida por um tribunal do Japão obriga as duas partes a compensar os milhares de afetados pelo ocorrido.
Essa é a terceira decisão do Tribunal do Distrito de Fukushima contra a empresa Tokyo Electric Power e a segunda contra o Estado. Os juízos deram razão a 3.800 pessoas, as quais consideravam que o governo e a empresa deviam ter tomado mais medidas para prevenir um desastre, como o que ocorreu em 2011.
A acusação usou como prova um relatório sísmico feito por um órgão público em 2002, que indicava 20% de chance de um terremoto superior a 8 graus na escala Ritcher ocorrer próximo à central e desencadear um tsunami.
Os autores do processo, entre eles pessoas que moravam perto da central e que foram obrigadas a abandonar suas casas por causa do acidente, exigiram uma compensação mensal de 50 mil ienes (equivalente a R$ 1.410) até o momento em que a radiação nas áreas afetadas volte ao nível anterior ao do desastre. O tribunal declarou que todos deveriam receber uma indenização fixa de 500 milhões de ienes (R$ 14.100.000), dividida entre todos os afetados. A justiça levou em consideração que a limpeza das áreas contaminadas poderia demorar décadas, ou seja, teria um custo final muito alto.
Essa resolução é parte de um total de 30 demandas coletivas apresentadas no país e assinadas por 12 mil pessoas que foram obrigadas a sair de Fukushima. Os efeitos do acidente nuclear ainda mantêm milhares de pessoas fora de casa e impossibilita o desenvolvimento de atividades econômicas, como por exemplo a pesca e a agricultura.
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