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Juiz ordena prisão do vice-presidente do Equador por caso Odebrecht
Jorge Glas teria recebido 16 milhões de dólares em propina do ex-diretor da empreiteira brasileira no país
Por: AFP - Agence France-Presse
Publicado em: 02/10/2017 21:04 Atualizado em:
A justiça do Equador decretou nesta segunda-feira a prisão preventiva do vice-presidente Jorge Glas, investigado por envolvimento no escândalo de corrupção da Odebrecht.
Em uma audiência da Corte de Justiça de Quito, o juiz Miguel Jurado também embargou os bens e bloqueou as contas bancárias de Glas.
"Acato - sob protesto - este infame atropelo contra mim, mas tenho fé que a justiça finalmente será imposta e provarei minha inocência", reagiu Glas no Twitter de sua casa em Guayaquil.
O vice-presidente afirmou que a decisão foi adotada "sem provas e com indícios forjados", e revelou que recorrerá "a instâncias nacionais e internacionais" para se defender.
A Procuradoria encerrou no domingo a fase de instrução do caso de corrupção envolvendo a Odebrecht e funcionários equatorianos, incluindo Ricardo Rivera, tio de Glas.
O procurador-geral, Carlos Baca, havia solicitado a prisão de Glas "em vista dos novos elementos de convicção na investigação por associação ilícita".
O juiz decretou ainda a prisão preventiva de Rivera, que cumpria detenção domiciliar, diante do "potencial risco de fuga".
Glas, afastado de suas funções pelo presidente Lenín Moreno, em meio à profunda divisão entre os governistas, teria recebido do ex-diretor da Odebrecht no Equador José Conceição Filho 16 milhões de dólares em propina em troca de contratos de obras com o governo equatoriano.
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