Governo espanhol pede ao Executivo catalão fim da 'farsa' do referendo Policiais foram enviados para impedir a votação, na tentativa de impedir a consulta proibida pela Justiça espanhola

Publicado em: 01/10/2017 15:07 Atualizado em:

Confrontos entre manifestantes e policiais deixaram mais de 300 feridos. Foto: AFP
Confrontos entre manifestantes e policiais deixaram mais de 300 feridos. Foto: AFP


Policiais foram enviados para impedir a votação, na tentativa de impedir a consulta proibida pela Justiça espanhola.

"O presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, e sua equipe são os únicos responsáveis por tudo que aconteceu ontem e por tudo que poderá acontecer, se não puserem fim a essa farsa", declarou Millo, em entrevista coletiva. Millo anunciou que a Polícia catalã - os Mossos d'Esquadra - solicitaram ajuda às forças do Estado (a Polícia e a Guarda Civil) em 233 postos de votação.

"Um gesto que os honra", afirmou Millo, horas depois de criticar a inação dessa Corporação para impedir a abertura dos colégios eleitorais. A ofensiva policial contra os manifestantes decididos a votar já deixou vários feridos. De acordo com testemunhas, os agentes chegaram a atirar com balas de borracha.


Os serviços de Saúde do governo regional catalão relataram pelo menos 92 feridos, até o momento, nos incidentes ocorridos neste domingo. Um porta-voz dos serviços de Saúde disse que 465 pessoas foram atendidas em hospitais e centros médicos. Entre elas, há dois gravemente feridos, um atingido no olho, e outro vítima de um infarto durante a ação policial em Lérida, a 150 quilômetros de Barcelona.


Pelo menos nove agentes da Polícia Nacional e três da Guarda Civil também teriam ficado feridos, "quando cumpriam as ordens da Justiça", tuitou o Ministério do Interior, acrescentando que os agentes foram agredidos com pedras.