Independência Governo espanhol cogita suspensão da autonomia catalã O governo espanhol confirmou nesta quarta-feira que cogita suspender a autonomia da Catalunha se o presidente da região, Carles Puigdemont, não recuar em seu desafio independentista

Publicado em: 18/10/2017 07:37 Atualizado em:

O prazo para que Puigdemont esclareça ao governo do primeiro-ministro Mariano Rajoy se declarou ou não a independência, em uma sessão confusa no Parlamento catalão na semana passada, expira na quinta-feira às 10H00 (horário de Brasília) Foto: Jorge Guerrero/AFP
O prazo para que Puigdemont esclareça ao governo do primeiro-ministro Mariano Rajoy se declarou ou não a independência, em uma sessão confusa no Parlamento catalão na semana passada, expira na quinta-feira às 10H00 (horário de Brasília) Foto: Jorge Guerrero/AFP
O governo espanhol confirmou nesta quarta-feira que cogita suspender a autonomia da Catalunha se o presidente da região, Carles Puigdemont, não recuar em seu desafio independentista, afirmou no Congresso a vice-presidente Soraya Saénz de Santamaría.

"Se não for atendido o requerimento do governo espanhol, o senhor Puigdemont vai provocar a aplicação do artigo 155 da Constituição", que contempla a suspensão da autonomia caso o governo regional não respeite a lei disse no Congresso.

O prazo para que Puigdemont esclareça ao governo do primeiro-ministro Mariano Rajoy se declarou ou não a independência, em uma sessão confusa no Parlamento catalão na semana passada, expira na quinta-feira às 10H00 (6H00 de Brasília).

Ao final do primeiro prazo, na segunda-feira, Puigdemont se limitou a oferecer um diálogo.

"A única coisa que peço ao senhor Puigdemont é que atue com sensatez, que atue com equilíbrio", afirmou Rajoy na mesma sessão parlamentar.

Caso a resposta não seja considerada satisfatória, o governo espanhol pode decidir ativar o Artigo 155, que precisará da aprovação do Senado, onde o Partido Popular, a formação de Rajoy, tem maioria absoluta.

O trâmite no Senado pode durar vários dias.

Rajoy e sua vice-presidente não explicaram que medidas concretas significariam o uso deste artigo da Constituição de 1978, que nunca foi aplicado, mas os partidos de oposição ao primeiro-ministro que apoiam a medida, o Partido Socialista e o 'Ciudadanos', desejam que provoque a convocação de eleições regionais.