Internacional Catalunha declara independência em relação à Espanha, mas suspende efeitos O governador da Catalunha, Carles Puigdemont, está preparando uma fala, no Parlamento regional, em que declarou a independência da Catalunha em relação à Espanha

Por: Agência Estado

Publicado em: 10/10/2017 15:12 Atualizado em: 10/10/2017 20:33

O presidente da Generalidade da Catalunha, Carles Puidegmont, declarou há pouco que deseja seguir a vontade do povo e que quer declarar a independência da região em relação à Espanha. Mas, ainda assim, ele abriu a possibilidade de dialogar com a coroa espanhola para mais autonomia da região.

Em discurso no parlamento regional, ele disse que a "Catalunha ganhou o direito de ser um Estado independente" após o resultado do plebiscito do começo de outubro. "Proponho que Parlamento suspenda declaração de independência por semanas por diálogo com Madri", afirmou, sem detalhar quais termos deseja negociar com a Espanha.

Ele disse também que vai haver uma sessão no Parlamento regional para avaliar a independência e que a Catalunha agora é uma "questão europeia". "Nosso futuro só pode ser de paz e democracia", disse.

Puidegmont afirmou ainda que a Catalunha buscou diálogo muitas vezes com o governo espanhol. Analisando tentativas passadas de obter independência da região, o líder catalão disse que a saída de empresas da região "não irão afetar a nossa economia".

Ele condenou também as ações do governo espanhol durante o plebiscito e afirmou que a polícia de Madri espancou inocentes no dia da votação. "É importante reduzir as tensões na região. Todos nós precisamos de nos unir, apesar das diferenças", disse.

Assinatura - Legisladores catalães assinaram um documento sobre a independência da região da Espanha, mas que atrasa a implementação do processo.

O presidente da região da Catalunha, Carles Puigdemont, foi o primeiro a assinar o documento intitulado "Declaração dos Representantes da Catalunha". Depois dele, dezenas de outros parlamentares assinaram.

A cerimônia de assinatura ocorreu algumas horas depois que Puigdemont discursou no Parlamento regional, afirmando que os catalães obtiveram o direito a independência da Espanha após o plebiscito de 1º de outubro. Ele pediu o diálogo com o governo da Espanha, que condenou a votação, afirmando que ela era ilegal e inconstitucional.