Irma
'Desesperador': Pernambucanos que moram na Flórida se preparam para receber furacão
Ventos se encaixam na categoria 5 da escala de Saffir-Simpson, a mais violenta, e devem chegar no estado neste domingo
Por: Matheus Rangel
Publicado em: 09/09/2017 19:42 Atualizado em: 09/09/2017 19:53
Renato Santiago (direita) e amigos, aguardando chegada do temporal nos Estados Unidos. Foto: Arquivo Pessoal |
O furacão Irma deixou um rastro de destruição e foi responsável pela morte de 26 pessoas no Caribe antes de seguir para o Cuba nesta sexta-feira (8), onde causou o deslocamento de mais de um milhão de pessoas nas províncias de Holguín, Tunas, Camagüey, Sancti Spíritus e Granma. A previsão é de que os ventos - que chegam a 260 km/h - cheguem à costa dos Estados Unidos na manhã deste domingo (11) com efeitos similares.
O estado da Flórida será o mais atingido pela tempestade, que se encaixa na categoria 5 da escala de Saffir-Simpson. Por lá, onde o nível do mar deve subir em até oito vezes, de acordo com meteorologistas, mais de meio milhão de pessoas estão sendo evacuadas. O pernambucano Renato Santiago, natural de Escada, mora na cidade de Cape Canaveral, a 88 km de Orlando, é uma delas. Ele está abrigado em um antigo prédio militar para se proteger dos ventos.
"A situação aqui é muito desesperadora. A cidade em que vivo está totalmente deserta, justamente por ser uma cidade litorânea. Nós não conseguimos sair porque os militares pediram para que nós não pegássemos as estradas, porque as pontes seriam fechadas", relata ele, que saiu do país há 11 meses e está acompanhado de seis amigos também pernambucanos.
Vinícius Brainer, de 19 anos, morava em Candeias e está nos Estados Unidos há um mês. Foto: Arquivo Pessoal |
"Eu realmente estou com medo porque nunca imaginei isso, mas esses imprevistos acontecem. Minha família no Brasil está bem apreensiva, mas já fizemos tudo que poderíamos fazer, então agora é só pedir a Deus que dê tudo certo!", completa Vinícius.
Além do Irma, os furacões Katia e José também atingem os Estados Unidos, chegando pelo oceano Atlântico. É a primeira vez em sete que isso ocorre, desde Igor, Karl e Julia, em 2010. A estimativa é de que 20 milhões de pessoas sejam prejudicadas pelos ventos.
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