Tráfico Terapeuta paraibano preso na Rússia, acusado de tráfico, voltará para cumprir pena no Brasil Ministério de Relações Exteriores conseguiu autorização para trazer Chianca para cumprir restante da pena no país. Ele foi condeado a seis anos e meio, mas teve pena reduzida para três

Publicado em: 22/09/2017 11:58 Atualizado em:

O engenheiro eletrônico paraíbano, pesquisador de saúde quântica, Eduardo Chianca, 67 anos, preso em agosto do ano passado, sob acusação de tráfico internacional de drogas, vai voltar para o Brasil para cumprir o resto da pena. A decisão foi anunciada após um acordo fechado na última quinta-feira entre os ministros das Relações Exteriores dos dois países, Aloysio Nunes Ferreira e Serguei Lavrov.

Eduardo Chianca foi preso em 31 de agosto do ano passado, quando viajava numa turnê internacional de palestras que passaria por cinco países. Mas na primeira parada, quando desembarcou no aeroporto de Domodedovo, em Moscou, ele foi detido. Na mala do terapeuta, tinha garrafas contendo oito litros do chá de ayashuasca, que contem substância alucinógena, usada para próprio consumo e em terapias e rituais.  

O chá levado por Chianca era usado em uma técnica desenvolvida por ele mesmo, em 2006, que lhe rendeu reconhecimento internacional. A Frequências de Luz, como foi batizada, é uma técnica holística multidimensional energética de cura, que trabalha os diagnósticos a partir da leitura dos chacras e seu equilíbrio. Era sobre esta técnica que falaria também na Ucrânia, Suíça, Holanda e Espanha, antes de ser preso na Rússia. Em maio, o paraibano foi condenado a seis anos e meio de prisão por tráfico internacional de drogas. Há duas semanas, a pena foi reduzida para três anos.

Autoridades Russas alegaram que dentro do líquido usado por Chianca, existia componentes do DMT, droga sintética usada de forma recreativa no Brasil e em outros países. Na época, a companheira do pesquisado concedeu entrevista ao Diario e disse a condenação foi considerada um grande equívoco. "Eduardo está sujeito a ignorância de um país fechado, retrógrado, é uma situação absurda o que está acontecendo porque eles simplesmente se confundiram”, disse revoltada.

A possibilidade de transferência de Chianca já havia sido discutida pelos presidentes Michel Temer e Vladimir Putin na reunião do BRICS realizada na Índia em outubro de 2016. O ministro Alluysio Ferreira explicou que a transferência será realizada com a promessa de reciprocidade. A data da chegada de Chianca ainda não foi definida.