Política Maradona reafirma apoio a Maduro e discute com Capriles "Capriles, comigo não dê uma de vítima. Eu sei muito bem o que é viver com sete irmãos e não ter nada para comer", criticou nas redes.

Publicado em: 10/08/2017 15:49 Atualizado em:

O ex-jogador argentino Diego Maradona reafirmou nesta quinta-feira seu apoio a Nicolás Maduro e classificou o dirigente opositor Henrique Capriles de traidor por suas críticas a sua posição em relação ao presidente venezuelano.

O ídolo argentino criticou o líder da oposição em sua conta no Facebook. Junto com a crítica, postou uma foto da casa simples em que passou sua infância em Villa Fiorito, bairro pobre do sul de Buenos Aires.

Maradona enviou na terça-feira uma mensagem de apoio a Maduro, na qual se oferecia como "soldado" da revolução bolivariana.
"Somos chavistas até a morte. E quando Maduro ordenar, estou vestido de soldado para uma Venezuela livre, para lutar contra o imperialismo e os que desejam apoderar nossas bandeiras, que é o mais sagrado que temos", escreveu Maradona no Facebook.

Capriles reagiu em uma entrevista à rádio Mitre de Buenos Aires. "Se Maradona quiser vir, eu pessoalmente vou buscá-lo no aeroporto e o levo para que veja a situação da Venezuela", afirmou um dos principais dirigentes da Mesa da Unidade Democrática.

"Perguntaria a esse gente que se diz de esquerda, que se diz progressista, que dizem defender Maduro, se eles vivem com 15 dólares por mês. Se for assim, que o continuem defendo", afirmou.

Maradona prosseguiu com a polêmica. "Tomará tivéssemos esses 15 dólares!!! A diferença entre você e eu é que eu nunca me vendi. #Viva Maduro!!!".
Maduro também foi criticado pelo ex-companheiro de seleção e hoje comentarista Mario Kempes.

"@DiegoMaradona como você pode apoiar a morte de 124 jovens, por defenderem a liberdade e democracia de seu país! NÃO À DITADURA!", respondeu Capriles no twitter ao ex-jogador de 63 anos.

A Venezuela atravessa uma aguda crise política, econômica e social com enfrentamentos entre forças de segurança e milícias pró-governo, de um lado, e a oposição, do outro, que deixaram 125 mortos em uma situação de violência que provocou repúdio internacional.