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Internacional Theresa May tenta unificar gabinete em meio a crise após eleições britânicas May antecipou as eleições gerais do Reino Unido na esperança de aumentar sua maioria no Parlamento e fortalecer o país durante as negociações da saída britânica da UE

Por: Agência Estado

Publicado em: 18/07/2017 15:45 Atualizado em:


A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, tentou unificar o discurso de seu gabinete nesta terça-feira, após a derrota de seu partido nas eleições gerais do mês passado, que enfraqueceram sua liderança política.

Nos últimos dias, diversas reportagens da imprensa britânica mostraram que membros do governo britânico, incluindo ministros, desejam substituir May para assumirem o cargo de premiê. Os relatos incluiriam vazamentos de discussões do gabinete, que deveriam permanecer privadas. "Existe uma necessidade de mostrar força e unidade como um país. E isso começa em torno da mesa do gabinete", disse a líder britânica.

May antecipou as eleições gerais do Reino Unido na esperança de aumentar sua maioria no Parlamento e fortalecer o país durante as negociações da saída britânica da União Europeia, processo conhecido como Brexit. Em vez disso, os eleitores fizeram com que o Partido Conservador perdesse sua maioria absoluta e enfraqueceram May em um momento em que o país está dividido sobre a melhor maneira de negociar o Brexit.

May advertiu os legisladores conservadores que, caso ela seja derrubada, uma nova eleição terminaria em uma vitória do opositor Jeremy Corbyn, do Partido Trabalhista. A secretária do interior, Amber Rudd, defendeu a premiê, afirmando que ela não perdeu autoridade. "Tenho a esperança de que, depois do feriado, todos podemos nos acalmar e continuar o trabalho", disse à emissora ITV.

No entanto, o ex-vice-primeiro-ministro Michael Heseltine, um conservador pró-UE, comentou que a situação pioraria porque o governo permanece profundamente dividido em torno do Brexit. "Isso vai piorar. Há uma divisão irreconciliável dentro do gabinete, dentro do partido e dentro do país", disse Heseltine à Sky News.