Às 17h desta quarta-feira nenhuma farmácia de Montevidéu tinha estoque de maconha de qualquer tipo, segundo informações do jornal El País, que entrou em contato com cada um dos estabelecimentos licenciados para vender a droga. 

“Mas, apesar de toda loucura que isso pode parecer, tudo transcorreu bem, não houve incidentes ou qualquer problema”, disse ao jornal um empregado de uma das quatro farmácias. 

“No primeiro dia, já imaginávamos que ia ser assim. Muita gente veio até aqui e muitos ligaram também, tentando descobrir se ainda havia oferta”, explicou outro.

O que ainda não está claro é quando os estoques serão repostos. Em uma das farmácias explicaram que, por lei, o Instituto de Regulação e Controle da Maconha (IRCCA, por sua sigla em espanhol) tem até 15 dias para fazer nova entrega. 

Mesmo assim, a maioria das pessoas ouvidas pela reportagem acreditavam que a segunda remessa do produto chegaria entre sexta e segunda-feira, “especialmente diante da grande demanda neste momento”, disse o funcionário de uma das farmácias. 

Das farmácias consultadas pela publicação no interior, a única que não tinha mais maconha disponível no fim da tarde desta quarta-feira era a que fica localizada em Lavalleja.

Às 8h da manhã desta quarta-feira começou oficialmente, nas farmácias licenciadas, a venda de maconha para fins recreativos em Montevidéu. O IRCCA só divulgou a lista das farmácias onde seria possível encontrar a droga poucas horas antes do início da venda. mesmo assim, as filas eram longas logo cedo, apesar do frio. 

O Uruguai é o primeiro país do mundo a legalizar totalmente a produção e a venda de maconha para uso recreativo A compra, segundo o diário El País, levava em média cerca de cinco minutos e apenas algumas pessoas levaram mais tempo, por problemas nos leitores biométricos ou porque o sistema não conseguia confirmar sua identidade imediatamente. 

A dose máxima permitida para compra por pessoa é de 10 gramas por semana, pelas quais várias pessoas pagaram hoje o equivalente a R$ 20,54.