NEGOCIAÇÃO Diplomacia é única saída para questão nuclear da Coreia, diz embaixador chinês Comentando sobre declarações do secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, que havia repetido nos últimos meses que "a política de paciência estratégica [dos EUA] acabou"

Publicado em: 12/07/2017 16:17 Atualizado em:

A negociação diplomática é a única saída para a questão nuclear da Península da Coreia, disse ontem (11) o embaixador chinês nos Estados Unidos, Cui Tiankai. Falando no 7º Diálogo Estratégico Civil EUA-China, ele disse que o assunto é, em essência, uma questão de segurança "e a chave para escapar deste dilema é considerar as preocupações de segurança legítimas de todos os lados". A informação é da agência Xinhua.

"As sanções [contra a Coreia do Norte] são necessárias, mas apenas as sanções não resolvem o problema. O impacto das sanções seria maximizado somente quando combinado com esforços mais robustos para a retomada das negociações," disse Tiankai.

Comentando sobre declarações do secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, que havia repetido nos últimos meses que "a política de paciência estratégica [dos EUA] acabou", o embaixador chinés disse esperar que tais afirmações se convertam em "ações proativas na frente diplomática, e não em impaciência estratégica".

"Agora, há pedidos de ações militares. A posição da China sobre isso é firme e clara. Nunca permitiremos que a guerra ou o caos surjam na península coreana. O custo seria muito alto para qualquer um, incluindo os EUA," acrescentou Tiankai.

Sublinhando que a China está comprometida com uma península coreana desnuclearizada e que ninguém deve negar os esforços persistentes da China em direção a esse objetivo, o diplomata chinês classificou como "distorcidos" alguns relatos da mídia que indicaram que o comércio entre a China e a Coreia do Norte (RPDC) aumentou no primeiro trimestre deste ano.

"Na verdade, o comércio entre a China e a RPDC tem diminuindo em 2015 e 2016. Em fevereiro deste ano, a China suspendeu a importação de carvão do país. Como resultado, a importação da RPDC caiu 41% em abril e 32% em maio, ano a ano", disse Cui Tiankai, acrescentando que as sanções do Conselho de Segurança da ONU contra a Coreia do Norte não constituem um embargo.