Relações Venezuela repudia sanções dos Estados Unidos a oito juízes da Suprema Corte O Departamento do Tesouro norte-americano impôs sanções econômicas ao presidente da Suprema Corte da Venezuela

Publicado em: 19/05/2017 09:42 Atualizado em:

As novas sanções foram aplicadas após várias semanas de protestos. Foto: Jorge Andrés Paparoni Bruzual/Flickr/Reprodução
As novas sanções foram aplicadas após várias semanas de protestos. Foto: Jorge Andrés Paparoni Bruzual/Flickr/Reprodução


O governo da Venezuela manifestou nessa quinta-feira (18) repúdio às sanções extraterritoriais do Departamento de Tesouro dos Estados Unidos (EUA) contra oito juízes da Suprema Corte e disse que essas ações violam as leis internacionais. A informação é da Agência EFE.

 

"A Venezuela repudia sanções unilaterais e extraterritorias do Departamento do Tesouro dos EUA contra juízes do máximo tribunal", escreveu a chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, no Twitter. Para ela, é "inadmissível que os EUA imponham sanções a um poder público soberano e independente, violando leis internacionais e venezuelanas". 

Delcy Rodríguez destacou que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reforça o apoio aos juízes, "vítimas do poder imperial americano".

 

O Departamento do Tesouro norte-americano impôs sanções econômicas ao presidente da Suprema Corte da Venezuela, Maikel Moreno, e a sete juízes do Tribunal Constitucional por "usurparem a autoridade" da Assembleia Nacional.

 

As novas sanções foram aplicadas após várias semanas de protestos, desencadeados pela ordem do TSJ de privar a Assembleia Nacional, controlada pela oposição, de todas as suas funções.

 

"O povo venezuelano está sofrendo pelo colapso econômico provocado pela má gestão e a corrupção do governo. Os membros do Tribunal Supremo de Justiça exacerbaram a situação ao interferir na autoridade do Legislativo", disse em comunicado o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin.

 

"Por meio dessas sanções, os Estados Unidos apoiam o povo venezuelano em seus esforços para proteger e promover um governo democrático no país", acrescentou Mnuchin, que comanda o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), que impõe as sanções.