Ásia
China defende livre-comércio e promete mais de US$ 100 bi para infraestrutura
Entre os projetos em foco estão iniciativas de infraestrutura e energia conhecidas como Corredor Econômico China-Paquistão
Por: Agência Estado
Publicado em: 14/05/2017 08:49 Atualizado em:
O presidente disse que a China continua comprometida com o livre-comércio e prometeu mais de US$ 100 bilhões em financiamento e assistência para países, no âmbito de seu programa de construção de infraestrutura em uma grande região do mundo, em uma retomada moderna da chamada Rota da Seda, pela qual seguia o comércio há séculos.
No desenvolvimento de laços econômicos, Xi disse que os governos "deveriam fomentar um novo tipo de relações internacionais". Esse acordo, segundo ele, exigiria renegar alianças e respeitar a soberania de cada país, "os sistemas sociais e os interesses principais de cada um". Diplomatas dizem que Pequim usa geralmente essas frases para exigir que outros países respeitem as demandas da China.
A iniciativa diplomática e econômica da China no evento é conhecida como Um Cinturão, Uma Rota, que prevê a construção de portos, ferrovias, oleodutos e parques industriais, além de reorientar o comércio chinês rumo à Eurásia, ao Sudeste Asiático e à África.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, participaram do evento deste domingo, junto com representantes de mais de 130 países e de importantes empresários chineses. Embora a iniciativa seja em geral apresentada como tendo braços em 65 nações, da China à Indonésia e à Estônia, Xi reiterou que ela é aberta a todos os países interessados. Os presidentes de Chile e Argentina também estiveram presentes.
Alguns países mostram dúvidas sobre as intenções chinesas, vendo a iniciativa como uma forma para companhias chinesas penetrarem em mercados estrangeiros e para o país promover sua força geopolítica. O governo indiano, por exemplo, recusou o convite para o evento, citando preocupações com o investimento chinês em programas no rival Paquistão e questionando a transparência dessa iniciativa. Os EUA enviaram o diretor para assuntos asiáticos do Conselho de Segurança Nacional, em vez de um nome do primeiro escalão do gabinete.
O programa lançado em 2013 da China é realizado no momento em que políticos e parte da população nos EUA e na Europa têm questionado os benefícios da globalização. O presidente americano, Donald Trump, tem acusado a China de conseguir vantagens injustas em acordos comerciais. Empresas dos EUA e da Europa criticam o protecionismo chinês e políticas que limitariam a entrada de companhias estrangeiras no mercado chinês.
As posturas protecionistas em Washington e outras capitais dão à China uma chance de se apresentar como uma guardiã da globalização. "Nós devemos construir uma plataforma aberta de cooperação, bem como manter e ampliar uma economia mundial aberta", disse Xi em seu discurso televisionado. "Nós precisamos também construir uma globalização econômica aberta, inclusiva e amplamente benéfica e equilibrada."
Em seu discurso, Xi frequentemente se referiu às antigas caravanas e rotas marítimas de até dois milênios atrás, que levavam ideias e produtos entre as civilizações. Ao atualizar aquela mensagem, Xi disse que a China estabelecerá 50 laboratórios conjuntos e oferecerá viagens de pesquisa e treinamento para 5 mil cientistas, engenheiros e gerentes estrangeiros.
Xi prometeu US$ 55 bilhões para ampliar o financiamento de bancos estatais para projetos do "Um Cinturão, Uma Rota, além de mais US$ 14,5 bilhões para o estatal Fundo da Rota da Seda, bem como promessas para ampliar os empréstimos comerciais e a ajuda internacional.
Entre os projetos em foco estão iniciativas de infraestrutura e energia conhecidas como Corredor Econômico China-Paquistão. Os progressos, porém, têm sido modestos nos investimentos de infraestrutura comprometidos pela China. Analistas têm argumentado que a desaceleração econômica do país e seu crescente endividamento podem ameaçar a capacidade de Pequim para financiar rotas de desenvolvimento de comércio que conectariam dois terços da população mundial.
No desenvolvimento de laços econômicos, Xi disse que os governos "deveriam fomentar um novo tipo de relações internacionais". Esse acordo, segundo ele, exigiria renegar alianças e respeitar a soberania de cada país, "os sistemas sociais e os interesses principais de cada um". Diplomatas dizem que Pequim usa geralmente essas frases para exigir que outros países respeitem as demandas da China.
A iniciativa diplomática e econômica da China no evento é conhecida como Um Cinturão, Uma Rota, que prevê a construção de portos, ferrovias, oleodutos e parques industriais, além de reorientar o comércio chinês rumo à Eurásia, ao Sudeste Asiático e à África.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, participaram do evento deste domingo, junto com representantes de mais de 130 países e de importantes empresários chineses. Embora a iniciativa seja em geral apresentada como tendo braços em 65 nações, da China à Indonésia e à Estônia, Xi reiterou que ela é aberta a todos os países interessados. Os presidentes de Chile e Argentina também estiveram presentes.
Alguns países mostram dúvidas sobre as intenções chinesas, vendo a iniciativa como uma forma para companhias chinesas penetrarem em mercados estrangeiros e para o país promover sua força geopolítica. O governo indiano, por exemplo, recusou o convite para o evento, citando preocupações com o investimento chinês em programas no rival Paquistão e questionando a transparência dessa iniciativa. Os EUA enviaram o diretor para assuntos asiáticos do Conselho de Segurança Nacional, em vez de um nome do primeiro escalão do gabinete.
O programa lançado em 2013 da China é realizado no momento em que políticos e parte da população nos EUA e na Europa têm questionado os benefícios da globalização. O presidente americano, Donald Trump, tem acusado a China de conseguir vantagens injustas em acordos comerciais. Empresas dos EUA e da Europa criticam o protecionismo chinês e políticas que limitariam a entrada de companhias estrangeiras no mercado chinês.
As posturas protecionistas em Washington e outras capitais dão à China uma chance de se apresentar como uma guardiã da globalização. "Nós devemos construir uma plataforma aberta de cooperação, bem como manter e ampliar uma economia mundial aberta", disse Xi em seu discurso televisionado. "Nós precisamos também construir uma globalização econômica aberta, inclusiva e amplamente benéfica e equilibrada."
Em seu discurso, Xi frequentemente se referiu às antigas caravanas e rotas marítimas de até dois milênios atrás, que levavam ideias e produtos entre as civilizações. Ao atualizar aquela mensagem, Xi disse que a China estabelecerá 50 laboratórios conjuntos e oferecerá viagens de pesquisa e treinamento para 5 mil cientistas, engenheiros e gerentes estrangeiros.
Xi prometeu US$ 55 bilhões para ampliar o financiamento de bancos estatais para projetos do "Um Cinturão, Uma Rota, além de mais US$ 14,5 bilhões para o estatal Fundo da Rota da Seda, bem como promessas para ampliar os empréstimos comerciais e a ajuda internacional.
Entre os projetos em foco estão iniciativas de infraestrutura e energia conhecidas como Corredor Econômico China-Paquistão. Os progressos, porém, têm sido modestos nos investimentos de infraestrutura comprometidos pela China. Analistas têm argumentado que a desaceleração econômica do país e seu crescente endividamento podem ameaçar a capacidade de Pequim para financiar rotas de desenvolvimento de comércio que conectariam dois terços da população mundial.
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