Mundo
Violência
O que se sabe sobre o ataque Khan Sheikhun na Síria
O número de vítimas não para de aumentar desde o ataque. O balanço mais recente é de ao menos 86 mortos, inclusive 30 crianças
Publicado: 06/04/2017 às 07:34

A natureza do gás tóxico ainda não foi determinada. Foto: Omar haj kadour/AFP/

Um bombardeio aéreo atingiu na terça-feira por volta das 07H00 locais (01H00 de Brasília) a pequena cidade de Khan Sheikhun, controlada por rebeldes e extremistas na província de Idleb, no noroeste da Síria.
Imagens mostraram corpos sem vida estendidos na calçada e pessoas sofrendo convulsões e crises de asfixia.
Segundo médicos no local, os sintomas dos pacientes eram similares aos constatados em vítimas de ataque químico: pupilas dilatadas, convulsões e espuma saindo da boca.
A natureza do gás tóxico ainda não foi determinada.
O balanço
O número de vítimas não para de aumentar desde o ataque: na quarta-feira, o balanço mais recente é de ao menos 86 mortos, inclusive 30 crianças.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) afirma que há mais de 160 feridos e um número indeterminado de "pessoas desaparecidas".
Quem é o responsável?
Vários dirigentes, especialmente ocidentais, e a oposição síria acusaram o regime de Bashar Al Assad.
"Todas as provas que vi sugerem que foi o regime de Al Assad.... Usando armas ilegais contra seu próprio povo", afirmou o secretário britânico de Relações Exteriores, Boris Johnson.
O presidente francês, François Hollande, fez alusão à "responsabilidade" de Assad no "massacre" e a Casa Branca denunciou um "ato odioso do regime" de Damasco.
A Coalizão Nacional, grande plataforma opositora síria, questionou o "regime do criminoso Bashar" al Assad.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou nesta quarta-feira que "continuem (sendo cometidos) crimes de guerra" na Síria, sem mencionar Damasco. E o enviado especial das Nações Unidas à Síria, Staffan de Mistura, assegurou que a ONU fará os autores deste ataque "prestar contas".
Washington, Paris e Londres apresentaram na terça-feira um projeto de resolução condenando o ataque e pedindo uma investigação completa e rápida que será votada no Conselho de Segurança.
O que dizem o regime e seus aliados?
O Exército sírio desmentiu "categoricamente ter empregado qualquer substância química em Khan Sheikhun".
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