Ataque
Ataque à universidade de Cabul mata sete alunos e dois policiais
Outros 30 estudantes ficaram feridos
Publicado em: 25/08/2016 09:25 Atualizado em:
Sete estudantes e dois policiais foram mortos durante o ataque contra a Universidade Americana de Cabul na quarta-feira, informou nesta quinta o porta-voz do ministério do Interior afegão.
"Sete estudantes foram martirizados e outros 30, feridos", disse à AFP o porta-voz Sediq Sediqqi, acrescentando que dois policiais também morreram.
O chefe da polícia de Cabul, Fraidoun Obaidi, acrescentou que dois agressores também foram mortos: "concluímos a operação, dois agressores abatidos".
Entre os feridos no ataque, há alguns em estado grave, revelou o ministério da Saúde.
A ação, ainda não reivindicada, começou com a explosão de um carro-bomba, após o qual soldados cercaram rapidamente o centro de estudos, repleto de alunos que trabalham durante o dia e estudam a noite.
Dentro da universidade, o pânico tomou conta dos alunos em meio a explosões e disparos.
"Ficamos presos dentro da minha sala de aula com outros estudantes. Ouvi explosões e disparos perto daqui", afirmou um aluno à AFP por telefone.
Outros estudantes presos postaram várias mensagens de desespero no Twitter. Entre eles Massud Hossaini, fotojornalista da Associated Press e ganhador do prêmio Pulitzer.
Em meio ao ataque, "muitos estudantes foram evacuados", informou o porta-voz do Ministério do Interior, Sediq Sediqqio, acrescentando que nenhuma informação indicava que os atacantes haviam pego reféns.
#AUAF Conselheiros militares, membros da coalização internacional dirigida pelos americanos, ajudaram as forças afegãs a enfrentar este ataque, segundo um responsável americano de Defesa.
O ataque acontece duas semanas depois que dois professores universitários - um americano e um australiano - foram sequestrados perto da universidade.
Ambos os professores foram pegos por homens armados na noite do dia 8 de agosto em pleno centro de Cabul, último sequestro até agora contra estrangeiros.
A direção da universidade de elite, que abriu em 2006 e possui atualmente mais de 1.700 estudantes, não comentou o incidente.
A Universidade Americana do Afeganistão (AUAF), que tem várias associações e programas de intercâmbio com universidades prestigiadas nos Estados Unidos como Georgetown, Stanford e a Universidade da Califórnia, se apresenta como "a única universidade particular, sem fins lucrativos, apartidária e mista do Afeganistão", república islâmica onde homens e mulher estão, comumente, separados.
O Ministério do Interior indicou no início do mês que o campus estava protegido permanentemente por 70 membros das forças de segurança.
Ofensiva talibã
Este ataque ocorre duas semanas após o sequestro de dois professores desta universidade privada, um americano e outro australiano, cujo paradeiro é ignorado.
Os talibãs também lançaram um ofensiva contra o governo afegão, apoiado pelo Ocidente, multiplicando os atentados em todo o país.
Os rebeldes ameaçam atualmente a cidade de Lashkar Gah, capital da província de Helmand, defendida por tropas leais a Cabul com o apoio americano.
Helmand é uma das regiões onde mais de produz papoula, base do ópio, fonte de financiamento da revolta talibã.
"Sete estudantes foram martirizados e outros 30, feridos", disse à AFP o porta-voz Sediq Sediqqi, acrescentando que dois policiais também morreram.
O chefe da polícia de Cabul, Fraidoun Obaidi, acrescentou que dois agressores também foram mortos: "concluímos a operação, dois agressores abatidos".
Entre os feridos no ataque, há alguns em estado grave, revelou o ministério da Saúde.
A ação, ainda não reivindicada, começou com a explosão de um carro-bomba, após o qual soldados cercaram rapidamente o centro de estudos, repleto de alunos que trabalham durante o dia e estudam a noite.
Dentro da universidade, o pânico tomou conta dos alunos em meio a explosões e disparos.
"Ficamos presos dentro da minha sala de aula com outros estudantes. Ouvi explosões e disparos perto daqui", afirmou um aluno à AFP por telefone.
Outros estudantes presos postaram várias mensagens de desespero no Twitter. Entre eles Massud Hossaini, fotojornalista da Associated Press e ganhador do prêmio Pulitzer.
Em meio ao ataque, "muitos estudantes foram evacuados", informou o porta-voz do Ministério do Interior, Sediq Sediqqio, acrescentando que nenhuma informação indicava que os atacantes haviam pego reféns.
#AUAF Conselheiros militares, membros da coalização internacional dirigida pelos americanos, ajudaram as forças afegãs a enfrentar este ataque, segundo um responsável americano de Defesa.
O ataque acontece duas semanas depois que dois professores universitários - um americano e um australiano - foram sequestrados perto da universidade.
Ambos os professores foram pegos por homens armados na noite do dia 8 de agosto em pleno centro de Cabul, último sequestro até agora contra estrangeiros.
A direção da universidade de elite, que abriu em 2006 e possui atualmente mais de 1.700 estudantes, não comentou o incidente.
A Universidade Americana do Afeganistão (AUAF), que tem várias associações e programas de intercâmbio com universidades prestigiadas nos Estados Unidos como Georgetown, Stanford e a Universidade da Califórnia, se apresenta como "a única universidade particular, sem fins lucrativos, apartidária e mista do Afeganistão", república islâmica onde homens e mulher estão, comumente, separados.
O Ministério do Interior indicou no início do mês que o campus estava protegido permanentemente por 70 membros das forças de segurança.
Ofensiva talibã
Este ataque ocorre duas semanas após o sequestro de dois professores desta universidade privada, um americano e outro australiano, cujo paradeiro é ignorado.
Os talibãs também lançaram um ofensiva contra o governo afegão, apoiado pelo Ocidente, multiplicando os atentados em todo o país.
Os rebeldes ameaçam atualmente a cidade de Lashkar Gah, capital da província de Helmand, defendida por tropas leais a Cabul com o apoio americano.
Helmand é uma das regiões onde mais de produz papoula, base do ópio, fonte de financiamento da revolta talibã.
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