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Crise Parlamentares venezuelanos vão ao Brasil, Uruguai e Chile para expor crise A delegação venezuelana, liderada pelo presidente da comissão de Política Exterior da Assembleia Nacional, viaja nesta segunda (22) ao Brasil

Por: AFP - Agence France-Presse

Publicado em: 21/02/2016 08:32 Atualizado em: 21/02/2016 08:38

A Assembleia Nacional da Venezuela, em Caracas, no dia 4 de fevereiro de 2016
© AFP JUAN BARRETO
A Assembleia Nacional da Venezuela, em Caracas, no dia 4 de fevereiro de 2016 © AFP JUAN BARRETO

Caracas (AFP) - Uma delegação de deputados opositores venezuelanos viajará na segunda-feira ao Brasil para se reunir com legisladores brasileiros e com o Tribunal Eleitoral, a fim de expor-lhes "a crise institucional e a violação dos Direitos Humanos" que asseguram ocorrer na Venezuela.

A delegação será liderada pelo presidente da comissão de Política Exterior da Assembleia Nacional, Luis Florido, e pelo deputado Williams Dávila, informou esta instância em uma nota de imprensa. Florido informou que será exposta "a crise institucional existente na Venezuela gerada pela obstrução das decisões do Parlamento por parte do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) com a ideia de promover a ativação de mecanismos internacionais".

Além disso, explicou que a delegação, que visitará também Chile e Uruguai em março, abordará outros temas como "a violação dos Direitos Humanos na Venezuela, a situação dos presos políticos e o Projeto de Lei de Anistia e Reconciliação", promovido pela oposição.

Também haverá exposições sobre "a gravidade da situação política do país devido à forte corrupção, que gerou uma profunda crise", disse Florido. Os deputados esperam divulgar "os diferentes mecanismos constitucionais para encurtar o governo de Nicolás Maduro", meta que a oposição - que domina o Parlamento após 17 anos de hegemonia chavista - propôs para o primeiro semestre deste ano.

O deputado Dávila, por sua parte, informou que a delegação também recolherá dados sobre contratos assinados com empresas brasileiras para a venda à Venezuela de produtos como medicamentos.

O Parlamento venezuelano viu algumas de suas decisões - como a posse de três deputados opositores e a rejeição de um decreto de emergência econômica de Maduro - anuladas ou desestimadas por sentenças do Tribunal Supremo, que a oposição classifica de parcializado a favor do oficialismo.