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Panamá avalia introduzir mosquitos transgênicos para combater zika
No Panamá há 50 casos confirmados de zika
Publicado: 05/02/2016 às 07:24

Um agente da saúde aplica produto para combater o mosquito Aedes aegypti, na Cidade do Panamá, no dia 2 de fevereiro de 2016. Foto: Ed Grimaldo/AFP/

Panamá - As autoridades panamenhas estão discutido a possibilidade de introduzir mosquitos geneticamente modificados para combater o Aedes aegypti, que transmite o zika vírus - disse nesta quinta-feira o chefe de Epidemiologia do ministério da Saúde, Israel Cedeño.
Cedeño explicou que a ideia é repetir o sucesso do projeto em 2014 em uma comunidade rural, onde cerca de quatro milhões de mosquitos machos geneticamente modificados foram liberados para acasalar com as fêmeas e seus filhotes morrem ainda em estado de larvas.
O projeto, realizado pelo governo panamenho e o Instituto Comemorativo Gorgas, um centro de pesquisas de pesquisa em doenças tropicais no Panamá, produziu uma queda de 93% na população do mosquito, segundo os promotores do experimento em Nuevo Chorrillo, cerca de 20 quilômetros a oeste da capital.
"Estamos avaliando a viabilidade e factibilidade de fazer isso novamente", disse Cedeño à AFP, ao explicar que "o único que está realmente comprovado para eliminar os mosquitos é eliminar o criatório". Destacou que o método dos mosquitos transgênicos parece ser eficiente em eliminar o Aedes Aegypti, embora considere que "seu custo seja alto".
Portanto, "estamos avaliando se realmente é factível investir nisso ou investir no que já comprovamos, que é colocar a mão na massa na eliminação dos criadouros, educação e promoção junto à população", disse Cedeño. No Panamá há 50 casos confirmados de zika. O ministro da Saúde, Javier Terrientes, manifestou nesta quarta-feira que o vírus do Zika "chegou para ficar" no país.
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