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Obama apresenta plano de US$ 450 mi para financiar paz na Colômbia
O conflito armado de mais de 50 anos deixou 220 mil mortos e seis milhões de deslocados, segundo dados oficiais
Publicado: 05/02/2016 às 07:20

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, em Washington, DC, no dia 3 de fevereiro de 2016. Foto: Saul Loeb/AFP/

Washington - O presidente americano, Barack Obama, anunciou o lançamento de um plano para financiar a paz na Colômbia de US$ 450 milhões, inicialmente, ao receber nesta quinta-feira seu colega colombiano, Juan Manuel Santos. "Da mesma forma que os Estados Unidos foram um sócio da Colômbia em tempos de paz, seremos seus parceiros na paz", declarou Obama, ao anunciar o novo plano, denominado "Paz Colômbia".
Ao comemorar os 15 anos do Plano Colômbia, Obama elogiou o crescimento da Colômbia: "um país que esteve à beira do colapso agora está à beira da paz". A relação entre Washington e Bogotá é uma das "mais fortes do hemisfério" e é "global", afirmou o presidente americano.
"Nos Estados Unidos, somos grandes fãs da Colômbia", acrescentou, reforçando sua admiração pelos cantores Shakira e Carlos Vives e pela atriz Sofia Vergara. Santos agradeceu, por sua vez, pela "mão amiga" de Obama e de Washington, que durante três períodos de cinco anos enviou para Bogotá US$ 10 bilhões em equipamento e treinamento militar.
O governo Santos tem previsto assinar um acordo de paz com os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no fim de março. "Hoje vemos o futuro com esperança", disse Santos na Casa Branca. "A paz será a cereja do bolo do Plano Colômbia", acrescentou. O acordo de paz demandará bilhões de dólares para pagar investigações públicas, programas de retirada de minas e desmobilização, além de indenização às vítimas.
O conflito armado de mais de 50 anos deixou 220 mil mortos e seis milhões de deslocados, segundo dados oficiais. O governo de Santos está prestes a assinar um acordo histórico de paz com os guerrilheiros das Farc. A data prevista é 23 de março. "Estamos muito comprometidos com ajudar a Colômbia a implantar a paz, o que será muito importante", assegurou o diretor para a América Latina do Conselho de Segurança Nacional, Mark Feierstein.
Santos também vai precisar que os Estados Unidos retirem as Farc de sua lista de terroristas e aceitem que alguns de seus membros não sejam extraditados. O enviado especial de Washington no processo de paz, Bernard Aronson, disse que, quando a organização guerrilheira "mudar fundamentalmente - abandonar a violência, entregar as armas, não for mais hostil aos americanos e a seus interesses -, essa designação poderá ser revista".
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