Terrorismo Estado Islâmico comemora ataques à França pelo Twitter e ameaçam outras capitais De acordo com mensagens dos terroristas, Washington (EUA), Londres (Reino Unido) e Roma (Itália) são os próximos alvos

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 13/11/2015 20:14 Atualizado em: 14/11/2015 00:08

Mensagem em árabe comemora e diz que ataques à França "ensinam uma lição". (Foto: Reprodução/Twitter)
Mensagem em árabe comemora e diz que ataques à França "ensinam uma lição". (Foto: Reprodução/Twitter)

O número de mortos nos atentados em Paris nesta sexta-feira foi multiplicado após a entrada da polícia na casa de shows Bataclan. De acordo com a prefeitura de Paris, somente dentro da boate foram encontrados 100 corpos. O número oficial de vítimas ainda não foi divulgado, mas agências de notícias informam que são 153 mortos. Além do massacre dentro da casa de shows, foram registrados outros seis ataques em Paris e arredores. Há pelo menos sessenta pessoas feridas, a maioria em estado grave.

A polícia invadiu a casa de shows, mas os terroristas que estavam no local não foram mortos pelos policiais. Eles teriam se suicidado ao perceber que a polícia havia entrado no local.

O portal Site, que monitora as atividades dos jihadistas na internet, disse que o grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria dos ataques. Segundo a diretora do portal, Rita Katz, a revista do Estado Islâmico, a “Dabiq”, escreveu que a França “manda seus ataques aéreos para a Síria diariamente” e que essas ações “matam crianças e idosos”. “Hoje vocês estão bebendo do mesmo cálice”, escreveu a publicação. A informação so Site é reforçada com os relatos de sobreviventes do massacre no Bataclan. Testemunhas afirmaram que os atiradores dispararam contra a multidão gritando "Allahu Akbar" ("Deus é grande").


Em depoimento à AFP, um jovem chamado Louis falou: "Com minha mãe nós conseguimos fugir do Bataclan (...), conseguimos evitar os tiros, havia muitas pessoas pelo chão", contou o jovem. "Os homens chegaram e começaram a atirar no local da entrada", disse. "Eles atiraram contra a multidão gritando 'Allahu Akbar' com os fuzis em punho, eu acho. Eu ouvia eles carregando, o show parou, todo mundo deitou no chão, eles continuavam atirando nas pessoas...minha nossa, foi um inferno", continuou o rapaz, a voz embargada de choro. 

"Eu peguei minha mãe, nós estávamos deitados no chão, alguém disse 'eles foram embora', nós saímos por uma saída de segurança, ainda dava para ouvir os tiros quando fomos embora, tivemos que pular os corpos, foi um pesadelo", disse a testemunha, que disse não ter visto os atiradores, apenas "silhuetas quando eles começaram a dar os primeiros tiros".


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