Apelo Netanyahu pedirá que palestinos parem de incitar violência na Esplanada das Mesquitas

Publicado em: 29/09/2015 17:50 Atualizado em:

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, no dia 20 de setembro de 2015. Foto:Sebastian Scheiner / POOL/AFP/Arquivos
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, no dia 20 de setembro de 2015. Foto:Sebastian Scheiner / POOL/AFP/Arquivos
Jerusalém (AFP) - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exigirá que os palestinos parem com "sua incitação à violência" na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, em seu discurso diante da Assembleia Geral da ONU na quinta-feira.

"Israel deseja a paz com os palestinos que seguem difundindo mentiras sobre nossa política no Monte do Templo (nome que os judeus utilizam para se referirem à Esplanada das Mesquitas). Vou exigir que parem esta incitação à violência", declarou Netanyahu, que viajou aos Estados Unidos na terça-feira.

Nesta terça-feira, voltaram a estourar confrontos na Esplanada das Mesquitas, onde os palestinos tentam alterar as visitas de judeus a este lugar, cujo número aumentou devido às celebrações da festa judaica de Sukkot, ou dos Tabernáculos.

Os palestinos temem que o aumento das visitas de fiéis judeus à Esplanada seja um passo à frente na tomada de controle das autoridades judaicas neste local, terceiro lugar sagrado do Islã.

A Esplanada das Mesquitas, venerada também pelos judeus, está localizada na cidade velha em Jerusalém Leste anexada e ocupada por Israel, o que a coloca no centro do conflito israelense-palestino.

"Israel se comprometeu a respeitar o status quo e o faz, enquanto os palestinos fazem entrar neste local armas de combates, dessacralizando este lugar santo e rompendo o status quo", acusou o primeiro-ministro israelense.

Netanyahu fará um discurso diante da Assembleia Geral da ONU e se encontrará com o secretário de Estado americano, John Kerry.

Netanyahu falará também sobre a situação na Síria, os "perigos do islamismo que se reforça na região" e o acordo com o Irã que continua se opondo.

O presidente palestino, Mahmud Abbas, discursará na quarta-feira na tribuna da ONU.