Operação
Justiça de Israel abre investigação sobre gastos do premiê Netanyahu
Ex-mordomo do primeiro-ministro, Meni Naftali, que foi demitido, é o principal acusador
Publicado: 21/07/2015 às 15:43
O primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, no dia 19 de julho de 2015. Foto: Baz Ratner/POOL/AFP/

Jerusalém (AFP) - Os gastos do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e de sua esposa Sara serão investigados pela justiça após o premiê ter sido acusado de usar fundos públicos para fins privados, informou nesta terça-feira uma fonte judicial.
O procurador-geral Yehuda Weinstein ordenou este processo na segunda-feira depois de fazer um levantamento preliminar em fevereiro, indicou uma fonte do ministério da Justiça que preferiu não se identificar.
O ex-mordomo do primeiro-ministro, Meni Naftali, que foi demitido, é o principal acusador.
Entre os detalhes citados pela imprensa israelense, está a transferência para a residência da família Netanyahu de mobiliário adquirido com fundos públicos e que destinava-se à residência oficial do primeiro-ministro em Jerusalém.
Netanyahu também é acusado de ter contratado Avi Fahima, um eletricista da família e ex-membro do comitê central do Likud (partido no poder) para reparos em sua residência privada pagos com o dinheiro dos contribuintes.
No entanto, na frente política é improvável que Netanyahu seja afetado pelo caso.
"Ele sempre conseguiu justificar a sua reputação de primeiro-ministro de teflon, ou seja, que tudo desliza", disse à AFP um alto funcionário israelense, que pediu para permanecer anônimo.
"Todas essas questões já eram conhecidas e não impediram a vitória de Netanyahu", acrescentou.
Enquanto isso, o casal rejeitou as acusações, considerando se tratar de uma campanha de difamação.