Foto: Reprodução/ Flickr/ Bruce Tuten

Los Angeles - Autoridades sanitárias da Califórnia anunciaram nesta sexta-feira o fim do surto de sarampo relacionado com um foco detectado em dezembro no parque de diversões Disneylândia, perto de Los Angeles, que afetou 131 moradores do estado.

Os médicos não diagnosticaram nenhum caso nos últimos 42 dias - dois períodos consecutivos de 21 dias de incubação - e por isso consideram que esta região do oeste dos Estados Unidos está livre da doença, explicou em um comunicado a doutora Karen Smith, diretora do Departamento de Saúde Pública da Califórnia (CDPH, na sigla em inglês).

"Estamos contentes de que o surto tenha terminado, mas o sarampo pode reaparecer na Califórnia a qualquer momento", afirmou. "A melhor forma de se proteger contra esta infecção é vacinando-se".Dos 131 contágios detectados entre moradores californianos, 42 estão diretamente vinculados ao surto na Disneylândia.

Outras 25 pessoas que visitaram a Califórnia, procedentes de sete estados diferentes, México e Canadá também ficaram infectadas, segundo o jornal Los Angeles Times.

O sarampo é transmitido por contato direto e causa erupções vermelhas na pele, além de febre e fraqueza generalizada. Os casos mais graves podem causar pneumonia e inflamação do cérebro (encefalite), pondo em risco a vida do paciente.

Os Centros para Controle e Prevenção de Doenças do governo americano (CDC, em inglês) alertou, há alguns meses, que entre um e três crianças de cada 1.000 infectados morrerão.

A médica Smith afirmou que o surto pôde ser controlado, graças a programas educativos para prevenir os contágios e a exames feitos em 1.000 pacientes desde dezembro.

O surto coincidiu, ainda, com uma mobilização cada vez mais forte nos Estados Unidos contra a tríplice viral (SPR, sarampo, caxumba e rubéola). Seus detratores consideram que esta vacina está relacionada com um aumento em casos de autismo.