Conflito Arábia Saudita arcará com custos humanitários do conflito no Iêmen ONU e seus parceiros humanitários pediram uma ajuda urgente de cerca de 274 milhões de dólares para atender às necessidades vitais das 7,5 milhões de pessoas afetadas pelo conflito

Por: AFP - Agence France-Presse

Publicado em: 18/04/2015 11:53 Atualizado em: 18/04/2015 11:59

Iementita do Comitê de Resistência Popular leal ao presidente Hadi monitora uma rua durante confronto com rebeldes xiitas huthi. Foto: AFP/Arquivos TAHA SALEH
Iementita do Comitê de Resistência Popular leal ao presidente Hadi monitora uma rua durante confronto com rebeldes xiitas huthi. Foto: AFP/Arquivos TAHA SALEH
A Arábia Saudita se comprometeu neste sábado (18) a arcar com o custo das operações humanitárias urgentes das Nações Unidas no Iêmen, onde a coalizão árabe realiza ataques aéreos contra a rebelião xiita.

Pelo menos 27 pessoas morreram na madrugada deste sábado em Taez (sudoeste), terceira maior cidade do país, em confrontos entre as forças leais ao governo e rebeldes xiitas huthis, apoiados pelo Irã, assim como pelos ataques aéreos da coalizão liderada pelos sauditas - informaram fontes médicas.

A luta foi concentrada no sul, onde os rebeldes xiitas huthis, junto a soldados leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh, tentam tomar o controle de todo o país depois que tomaram a capital, Sanaa, e grandes áreas.

Antes de seu avanço em direção ao sul, o presidente, Abd Rabo Mansour Hadi, fugiu de seu refúgio em Áden para o exílio na Arábia Saudita, que em 26 de março lançou uma operação militar à frente de uma coalizão árabe contra os rebeldes e seus aliados.

Neste contexto, a ONU e seus parceiros humanitários pediram ontem (17) uma ajuda urgente de cerca de 274 milhões de dólares para atender às necessidades vitais das 7,5 milhões de pessoas afetadas pelo conflito.

A resposta veio rapidamente de Riade, onde o rei Salman bin Abdul Aziz anunciou que ele seria o responsável por todo o montante reclamado pela ONU.

O reino "está ao lado do povo irmão iemenita" e espera "a restauração da segurança e da estabilidade" no país, informou o gabinete real em comunicado.

A Arábia Saudita reafirmou sua intenção de continuar a operação militar, apesar dos apelos do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para "um cessar-fogo imediato".

"Precisamos de paciência e perseverança. Nós não temos pressa", repetiu ontem um porta-voz da coalizão, o general saudita Ahmed Asiri, durante coletiva de imprensa diária em Riade.