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Estado de Força Maior

Líbia declara estado de força maior em 11 campos petrolíferos após ataques

Publicado: 04/03/2015 às 21:00

Campo de petróleo perto de Zwara, oeste da Líbia, no dia 6 de janeiro de 2015. Islamitas radicais tomaram o controle de pelo menos dois campos de petróleo no centro da Líbia. Foto: AFP/Arquivos MAHMUD TURKIA/

Campo de petróleo perto de Zwara, oeste da Líbia, no dia 6 de janeiro de 2015. Islamitas radicais tomaram o controle de pelo menos dois campos de petróleo no centro da Líbia. Foto: AFP/Arquivos MAHMUD TURKIA()

A Companhia Nacional Líbia de Petróleo (NOC) declarou, nesta quarta-feira, "estado de força maior" em 11 campos petrolíferos do centro do país, após a multiplicação de ataques de extremistas islâmicos.

A medida é um status legal que isenta a entidade de responsabilidade quando for incapaz de cumprir contratos por razões alheias ao seu controle.

Na terça-feia, militantes islâmicos tomaram os campos de Al-Bahi e Al-Mabrouk e se dirigiam a um terceiro, em Al-Dahra, disse um porta-voz do serviço de segurança da indústria do petróleo.

Nas últimas semanas, atos de violência e uma operação tartaruga nos terminais de exportação já tinham obrigado o fechamento de Al-Bahi e Al-Mabrouk, cerca de 500 km ao leste de Trípoli.

Em fevereiro, um ataque a estes locais deixou 11 mortos e todos os funcionários foram evacuados.

A Líbia tem sido inundada com armas, desde o levante de 2011 que resultou na deposição e morte do ditador Muammar Kadhafi, e desde então milícias opositoras têm combatido pelo controle de suas cidades e da riqueza petrolífera.

O país tem dois governos e parlamentos rivais, aqueles reconhecidos pela comunidade internacional no extremo leste do país e os demais, na capital.

Na terça, o chefe de segurança, coronel Ali al-Hassi, disse que aviões de combate dos milicianos tinham atacado o principal terminal de exportação em Al-Sidra, mas não conseguiram atingir seus alvos.

Em resposta, aviões de autoridades reconhecidas internacionalmente atacaram o aeroporto de Mitiga, controlado pela milícia em Trípoli, sem causar vítimas. "Ainda que isto seja para um transtorno ocular, haverá outras condições médicas no futuro que poderão ser tratadas através deste tipo de método".
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