O governo do Mali e seis movimentos armados assinaram neste domingo em Argel um acordo de paz e de reconciliação para colocar fim à violência no norte do país, constatou uma jornalista da AFP.

O acordo, no entanto, não foi assinado pela Coordenação dos Movimentos do Azawad, que reúne vários grupos rebeldes, como o tuaregue Movimento Nacional de Libertação do Azawad (MNLA), que pediu um "plano razoável" para consultar as populações que representa.

"Um acordo não compartilhado com as populações tem poucas chances de ser aplicado em terra", afirmou um representante da Coordenação em uma declaração.

No entanto, um porta-voz da mediação argelina disse à AFP que "sua presença significa que aceitam o acordo". As negociações acabaram bem, acrescentou.

Em nome dos grupos que assinaram o acordo, Haruna Tureh saudou a assinatura de um "documento essencial para o retorno à paz e à reconciliação" no norte do Mali.

"Nos comprometemos a respeitar o espírito e os termos. Faremos todo o possível para que este acordo permaneça vivo e permita que todas as populações se reencontrem", insistiu.

As negociações entre Bamako e os movimentos rebeldes sob a égide de uma mediação internacional conduzida pela Argélia foram lançadas em julho em Argel.