Mundo

Campo de petróleo perto de Zwara, oeste da Líbia, no dia 6 de janeiro de 2015. Islamitas radicais tomaram o controle de pelo menos dois campos de petróleo no centro da Líbia, nesta terça-feira (3 de março)(AFP/Arquivos MAHMUD TURKIA)

Os campos de Al-Bahi e Al-Mabruk, situados a cerca de 200 quilômetros ao sul de Sirte, estão interditados há várias semanas, em razão da violência e do funcionamento lento dos terminais de exportação. As equipes dos dois campos foram evacuadas após um primeiro ataque, no início de fevereiro, que deixou ao menos 11 mortos. O ataque - não reivindicado - foi atribuído pelos guardas das instalações petroleiras a islâmicos radicais.
O campo petroleiro de Al-Mabruk é explorado por uma empresa parceira dirigida pela Companhia Líbia de Petróleo (NOC), da qual o grupo francês Total é detentor de ações. A Líbia vem sendo palco há várias semanas de uma série de ataques reivindicados ou atribuídos ao EI. A indústria petroleira líbia, outrora lucrativa, é gravemente afetada pela atual anarquia em que se encontro o país. Antes do levante de 2011, que culminou com a queda de Muammar Kadhafi, a produção chegada a 1,5 milhão de barris por dia, representando 95% das exportações do país e 75% da renda.
Mas a produção caiu para cerca de 350.000 barris por dia em dezembro, quando a Fajr Líbia lançou uma ofensiva mortal para tomar os campos petroleiros do leste líbio. O exército conseguiu revidar o ataque, causando incêndios nos reservatórios de petróleo no terminal de Al-Sedra. A Fajr Líbia é uma coalizão de milícias que tomou a capital, Trípoli, em agosto de 2014, onde instalou um governo paralelo e reativou o Congresso Geral Nacional. Desde então, a Líbia é dirigida por dois parlamentos e dois governos rivais. Um deles, com sede em Tobruk, é reconhecido pela comunidade internacional.
Últimas

Mais Lidas
