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Chanceleres da Unasul se reúnem em Caracas com o presidente Nicolás Maduro
Publicado: 07/03/2015 às 08:59
Após se reunir com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, com a coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) e com representantes do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), a comissão de chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) respaldou a realização de eleições parlamentares, rechaçou “qualquer tentativa de desestabilização democrática” e anunciou ajuda para a distribuição de alimentos. Liderada pelo ex-presidente colombiano e secretário geral Ernesto Samper, a comitiva foi formada pelos ministros Mauro Vieira (Brasil), Ricardo Patiño (Equador) e María Ángela Holguín (Colômbia). Na primeira medida de auxílio a Caracas, o bloco acordou a formação de cadeias regionais para a remessa de alimentos à Venezuela. “A ideia é que todos os países possam apoiar, para que produtos básicos cheguem, sem exceção. Nós trabalharemos com as autoridades locais para fortalecer as cadeias de distribuição de nossos países”, declarou Samper. Em meio a grave crise de abastecimento, os venezuelanos enfrentam filas imensas para conseguir acesso a mercadorias.
O secretário geral considerou “fundamental que se leve a cabo, e com final feliz, a celebração das próximas eleições no país”. “Esse é melhor cenário para que se confrontem dificuldades e se dirimam as controvérsias”, declarou Samper. A Unasul pediu à oposição que “exerça, por meio do processo democrático, sua legítima discordância”. Segundo Samper, os chanceleres receberam de Maduro “uma importante e extensa informação sobre os fatos que ameaçam a estabilidade democrática da Venezuela”. A reunião com a MUD contou com o líder opositor Henrique Capriles e teve início por volta das 18h de ontem (19h30 em Brasília). O CNE convidou a Unasul a acompanhar o pleito, capaz de renovar a Assembleia Nacional e de pôr em xeque o controle do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Ao Tribunal Supremo de Justiça, os ministros externaram preocupação com processos judiciais.
Por telefone, Ramón José Medina, vice-secretário executivo da MUD, disse ao Correio esperar que os chanceleres visitem o opositor Leopoldo López e o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, na prisão de Ramo Verde, a 30km de Caracas. “Em um regime democrático, qualquer preso político teria o direito de receber visitas. Seria importante que os chanceleres tomassem o depoimento dos dois presos”, admitiu. Oriette Schadendorf Capriles, filha de Ledezma, garantiu à reportagem que não havia indício de um encontro dos representantes da Unasul com o prefeito.
O secretário geral considerou “fundamental que se leve a cabo, e com final feliz, a celebração das próximas eleições no país”. “Esse é melhor cenário para que se confrontem dificuldades e se dirimam as controvérsias”, declarou Samper. A Unasul pediu à oposição que “exerça, por meio do processo democrático, sua legítima discordância”. Segundo Samper, os chanceleres receberam de Maduro “uma importante e extensa informação sobre os fatos que ameaçam a estabilidade democrática da Venezuela”. A reunião com a MUD contou com o líder opositor Henrique Capriles e teve início por volta das 18h de ontem (19h30 em Brasília). O CNE convidou a Unasul a acompanhar o pleito, capaz de renovar a Assembleia Nacional e de pôr em xeque o controle do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Ao Tribunal Supremo de Justiça, os ministros externaram preocupação com processos judiciais.
Por telefone, Ramón José Medina, vice-secretário executivo da MUD, disse ao Correio esperar que os chanceleres visitem o opositor Leopoldo López e o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, na prisão de Ramo Verde, a 30km de Caracas. “Em um regime democrático, qualquer preso político teria o direito de receber visitas. Seria importante que os chanceleres tomassem o depoimento dos dois presos”, admitiu. Oriette Schadendorf Capriles, filha de Ledezma, garantiu à reportagem que não havia indício de um encontro dos representantes da Unasul com o prefeito.
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