Indústria da Moda
Empresas de moda se comprometem a lutar contra mudança climática
Adidas, Burberry, H&M e o grupo de luxo Kering estão entre as marcas que prometeram reduzir emissões de gases de efeito estufa
Por: AFP
Publicado em: 19/12/2018 09:23 | Atualizado em: 18/12/2018 16:29
Ao menos 40 empresas da poluente indústria da moda - como Adidas, Burberry, H&M e o grupo de luxo Kering - se comprometeram na última semana a reduzir em 30% suas emissões de gases de efeito estufa até 2030, paralelamente à COP24 na Polônia. Esta “Declaração da indústria da moda para a ação climática”, impulsada pela ONU, inclui, entre outros objetivos, privilegiar os tecidos com baixo impacto sobre o clima, aplicar medidas de economia energética, usar transportes pouco poluentes e deixar de utilizar o carvão como fonte energética de suas fábricas até 2025.
O texto foi assinado durante a 24ª Conferência do Clima da ONU (COP24,) que é realizada na cidade polonesa de Katowice, por 43 empresas, incluindo marcas de roupa prêt-à-porter como Gap, mas também o grupo Kering (Gucci, Yves Saint Laurent, Balenciaga...) e o gigante do transporte marítimo, Maersk. A indústria da moda é a segunda mais poluente do planeta depois do petróleo e, segundo estimativas, representa 10% das emissões de CO2. “A indústria da moda sempre vai na frente no que diz respeito à definição da cultura mundial, de modo que me alegra ver que também mostra o caminho em termos de ação climática”, comentou em um comunicado a responsável pelo clima da ONU, Patricia Espinosa, chamando outros setores a seguirem o exemplo.
“Nossa história não é a melhor em termos de ação climática”, reconheceu à imprensa Stegan Seidel, responsável de desenvolvimento sustentável da Puma. “Desta vez queremos fazer isso bem”, disse. “Conseguir reduzir as emissões em 30% até 2030 vai requer inovação e colaboração”, admitiu em comunicado o diretor da Burberry, Marco Gobbetti. A estilista britânica Stella McCartney chamou seus pares da indústria “a assinarem agora esta declaração e tomarem as medidas necessárias” para aproveitar o que ela classificou como “a oportunidade de fazer a diferença”.
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