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Entrevista Rodrigo Lombardi fala sobre moda e beleza: 'Nunca tive preconceito com vaidade'; confira entrevista Ator estrela campanha do perfume Impression, lançamento de Eudora, marca de cosméticos e perfumaria do Grupo Boticário

Por: Larissa Lins - Diario de Pernambuco

Publicado em: 28/08/2017 11:01 Atualizado em: 21/08/2017 15:34

O ator enfrentou desafios para conseguir estabilidade na carreira, o que teria motivado o convite para que estrelasse a campanha do novo perfume, inspirados em homens "mais maduros". Foto: Eudora/Divulgação
O ator enfrentou desafios para conseguir estabilidade na carreira, o que teria motivado o convite para que estrelasse a campanha do novo perfume, inspirados em homens "mais maduros". Foto: Eudora/Divulgação

São José dos Pinhais
– O ator paulistano Rodrigo Lombardi não fala em perfumaria, cosmética e vaidade masculina sem se lembrar do pai, sua grande referência pessoal. “A maior lembrança do meu pai é o perfume. Ele usou sempre o mesmo. Hoje sou pai e meu filho também me reconhece por isso. Quando troquei de perfume, ele perguntou: "Pai, mudou o perfume?” Eu disse que sim, e ele disse que era bom”, conta. Convidado pela marca de perfumaria e cosmética Eudora, do Grupo Boticário, para dar rosto ao último lançamento do selo, o perfume masculino Impression, Lombardi concedeu entrevista ao Diario e falou sobre a inspiração paterna, o desafiador início da carreira, a vaidade e a fama de galã. 

Segundo ele, a associação com o lançamento cosmético ganhou sentido graças à proposta vinculada ao novo perfume: o Boticário espera causar no mercado nacional de perfumaria impacto semelhante ao provocado pelo Malbec – um dos clássicos do grupo –, atingindo homens mais maduros, “orgulhosos dos erros e conquistas de sua trajetória.” No lançamento de Impression, em São José dos Pinhais (PR), o ator revisitou os primeiros passos da vida profissional e a relação de inspiração com o pai. “Pensei em desistir da carreira artística várias vezes. Na última, eu estava preenchendo fichas de emprego em lojas de shopping. Eu sei o valor de ter chegado até aqui. Uma vitória sem erros não é uma vitória, é só uma caminhada. Você só consegue chegar aonde quer quando aceita seus erros, quando eles viram parte importante de sua história”, avaliou Lombardi.

Raj (esquerda) e Alex (direita) consolidaram a imagem de Rodrigo Lombardi como galã na televisão brasileira. Fotos: Rede Globo/Reprodução
Raj (esquerda) e Alex (direita) consolidaram a imagem de Rodrigo Lombardi como galã na televisão brasileira. Fotos: Rede Globo/Reprodução
“Houve momentos muito difíceis. Eu ficava escondido num palco sem coxia, segurando um espelho para fazer sinais para o ator, fazendo ponta nas peças. Minha preocupação era que aquele ator no palco não estragasse o croissant que aparecia na cena, porque aquele croissant seria o meu jantar”, lembrou o artista, hoje personagem do núcleo principal de A força do querer, novela da Rede Globo. “Se sou artista é porque meu pai amava Billie Holiday, me apresentou Fred Astaire. Ele me inspirou”, revela. Segundo filho de cinco irmãos, sendo dois homens e três mulheres, Rodrigo Lombardi peregrinou por anos em busca de oportunidades no teatro e na televisão. Ganhou fama de galã no papel de Raj, protagonista de Caminho das índias, exibida em 2009, e como Alex em Verdades secretas (2015), também na Rede Globo. “Eu lutei muito para chegar onde cheguei. E só cheguei aqui porque aceitei os meus erros”, ponderou. 

O ator global acompanhou, ainda, os bastidores de produção de Impression na fábrica d'O Boticário, em São José dos Pinhais, e comentou a relação com o filh Rafael, com quem já fez dublagem de animações, com a moda, a internet e os cuidados com a aparência. Confira a entrevista:

>> ENTREVISTA: Rodrigo Lombardi, ator convidado para a campanha de lançamento de Impression

Como avalia a valorização da vaidade masculina, crescente na última década?
Nunca tive preconceito com a vaidade masculina. Eu sempre usei perfume. Cuido da minha pele, do meu corpo, do meu cabelo. Mas acho importante que mais homens se sintam confortáveis com isso. Hoje você vê um homem comprando acessórios, observando tendências de moda ditadas pelas passarelas e pela televisão. Isso é ótimo.

Como está a rotina de gravações atualmente? Hoje em dia, qual o principal desafio na carreira artística?
Estou no ar em A força do querer, cujas gravações eu precisei emendar com a série Carcereiros. Foi tudo junto. A maior dificuldade, diante disso, foi criar dois personagens seguidos. A personalidade deles, o estilo, a construção toda. Eu sabia que funcionaria, mas foi muito rápido, não tive tempo de criar tanto, tão a fundo quanto eu gostaria. O personagem de Carcereiros eu praticamente inventei no set de gravação. 

E como é a relação de seu filho com o seu trabalho? Ele acompanha as novelas?
Essa novela atual [A força do querer] ele vê pouco, pelo gênero da trama e pelo horário. Pedacinho de chão ele acompanhou, por exemplo. E ele sempre vai às minhas peças. Rafael, na verdade, já é dublador. Trabalhamos juntos na dublagem de Meu malvado favorito 3. Eu fui ajudar e o diretor disse "Deixa, Rodrigo, ele sabe o que está fazendo...”. Ele sabia mesmo.

Durante o lançamento de Impression, em São José dos Pinhais, o ator concedeu entrevista sobre os desafios da carreira e a importância de erros para o amadurecimento pessoal. Foto: Larissa Lins/DP
Durante o lançamento de Impression, em São José dos Pinhais, o ator concedeu entrevista sobre os desafios da carreira e a importância de erros para o amadurecimento pessoal. Foto: Larissa Lins/DP
Você está entre os artistas que são chamados, sobretudo na internet, de “homão da porra.” Como interpreta esse conceito? Quem você considera um “homão da porra?”
Meu pai. Ele era um homão… Era um cara blasé, estava sempre em lugares de gente bonita, frequentando lugares interessantes, reuniões de pessoas interessantes. Eu não consigo ser como meu pai. Ele era muito, muito observador. Eu não posso mais fazer isso… Não agora, quando eu tenho sido observado. 

Como é sua relação com a internet, com as redes sociais, nas quais sua fama ganhou força a partir de resenhas como as de Hugo Gloss, que lhe deu o apelido de Raj Grey durante Verdades secretas?
Sou um analfabyte (risos). Meu filho tem nove anos, peço pra ele anexar fotos em e-mail pra mim. O máximo que eu domino é WhatsApp e Instagram… às vezes, uma passada rápida no Facebook. Tem gente que vive de produzir memes, tem mercado para tudo. E isso é divertidíssimo. Estou me acostumando. 

Como se vê enquanto influenciador, uma personalidade que pode ditar tendências na TV? Se considera referência de beleza?
Eu acho que não sou exatamente o tipo de homem que eu considero bonito. Embora eu nunca tenha parado pra pensar quem seria esse homem de referência… Acho que a beleza tem a ver com sedução, e isso é mais uma questão de energia do que simplesmente tática. Eu sempre fui o mais novo da minha turma de amigos, as meninas queriam os caras mais velhos. Fui crescendo e me valendo de um repertório de referências que ganhei vendo filmes antigos, ouvindo Sinatra… Na adolescência, tomei muito tombo de mulher. 

E como um perfume contribui para a beleza, a sedução?
Eu acho que um homem tem três cartões de visita: o modo de olhar, o sorriso e o cheiro. A mulher também, na verdade… Eu, por exemplo, não gosto quando uma mulher usa perfume muito doce, não me atrai. Ela pode ser linda, mas perfume doce e forte não funciona. O mesmo vale para o homem, essa coisa de saber escolher um cheiro para ser seu. 

E em relação a roupas, poderia compartilhar uma dica de estilo, uma preferência sua?
Eu adoro cueca nova! (risos) De verdade, usar uma cueca nova é a melhor coisa do mundo! Me deixa feliz poder comprar cuecas novas, é uma dica que eu dou. Mas o que não pode faltar no meu armário, com certeza, é camiseta branca e camiseta preta. 

*A repórter viajou a convite de Eudora


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