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Desejo emponderador Ken-gá levanta a bandeira contra os padrões de beleza e impõe autenticidade A marca paulistana tem maiôs, biquínis e sungas com o glamour do brilho e a ousadia das lantejoulas, que saem do seu lugar na praia para iluminar o rolê

Por: Aline Ramos

Publicado em: 12/04/2017 07:00 Atualizado em: 09/04/2017 19:14

"Nós queríamos que 'quenga' e 'bitch' perdessem sua conotação literal pejorativa e adquirissem uma conotação de força e empoderamento", afirma Janaína. Ken-gá/Divulgação
"Nós queríamos que 'quenga' e 'bitch' perdessem sua conotação literal pejorativa e adquirissem uma conotação de força e empoderamento", afirma Janaína. Ken-gá/Divulgação
“A gente acredita que pode quase tudo, que pode gente peluda, que pode gente pelada, que pode gente gorda e pode gente magra, que pode quem mostra a bunda e pode quem não mostra nada, que pode homem de maiô e pode sunga cavada, que pode gente pudica e pode gente tarada. O que não pode é ter preconceito”. É com este versinho que a Ken-gá Bitchwear faz questão de se apresentar em suas redes sociais.

Em sua primeira coleção intitulada de Trevas Tropicais, a marca paulistana que, ingressou no mercado há pouco mais de três meses, subverte as regras e mostra para o que veio. Com peças inspiradas em mulheres icônicas como Pamela Anderson e Grace Jones, maiôs, biquínis e sungas oferecem o glamour do brilho e a ousadia das lantejoulas, que saem do seu lugar na praia para iluminar o rolê. “Acreditamos que toda mulher pode ser diva. Todas ficam lindas em um maiô dourado!”, afirma a estilista, Lívia Barros.

A ideia de criar a Ken-gá surgiu há dois anos, durante uma conversa entre Lívia e sua amiga e atual sócia, Janaína Azevedo. “Nós queríamos que 'quenga' e 'bitch' perdessem sua conotação literal pejorativa e adquirissem uma conotação de força e empoderamento. Sempre nos incomodou que a mulher que é tachada de 'bitch' ou 'quenga', na verdade, é aquela que incomoda por ser autêntica. O trocadilho no nome é seguido pelo trocadilho do segmento: em vez de beachwear, também brincamos com a palavra 'bitchwear'”, conta Janaína.

Embora, o público-alvo sejam mulheres que queiram ser donas do seu próprio vestir, a Ken-gá produz peças agênero. “Os tecidos para esta coleção são frutos de uma intensa pesquisa. Queríamos que eles fossem lindos, glamourizados, confortáveis, metalizados e resistentes a água do mar. Os tecidos dos maiôs, por exemplo, demoram aproximadamente 40 dias para serem produzidos. Também temos como inspiração, a marca italiana Moschino e a cantora Rihanna”, detalha Lívia.

"Acreditamos que toda mulher pode ser diva. Todas ficam lindas em um maiô dourado!", pontua Lívia. Ken-gá/Divulgação
"Acreditamos que toda mulher pode ser diva. Todas ficam lindas em um maiô dourado!", pontua Lívia. Ken-gá/Divulgação
Nesta pegada de agradar a todos os gostos e ser acessível, a marca quer produzir ainda neste semestre roupas, com modelagens até o número 60, pensando também no público plus size. Algumas peças também podem ser usadas de várias formas como a calcinha Magda, a qual pode ser usada como hot pant ou asa delta, por exemplo.

Pochetes - Um dos itens mais polêmicos dos anos 80 está de volta. Difícil de acreditar, mas o acessório foi consagrado como o “must have”, ou seja, você deve ter no seu guarda-roupa. Para quem quer entrar nesta onda das pochetes, que promete vir com tudo nesta temporada, a Ken-gá está com designers divertidos e em cores metálicas.


A sede da Ken-gá Bitchwear fica no bairro de Santa Cecília em São Paulo, mas é possível comprar as peças da marca pelo Instagram @kengabitchwear. As criações variam de R$ 80 (cangas), R$ 198 a R$ 244 (maiôs e biquínis), R$ 120 a R$ 135 (sungas) e R$ 120 (vestidos, saídas de praia e pochetes).



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