PraiaConheça o homem por trás do Caldinho do Leandro da praia de Boa ViagemCom produção de 100 garrafas térmicas, Leandro fornece os caldinhos para ambulantes
Leandro produz caldinhos de peixe, camarão, sururu e feijão. Foto: Rafael Martins/DP
Entre os guarda-sóis da praia de Boa Viagem, circula o Caldinho do Leandro, vendido pelo ambulante Marcelo José da Silva, de 33 anos, há 10 anos. "O preferido é o de feijão. O que diferencia é o tempero. A gente usa ingredientes que vão além da conta. Dizem que é o melhor", ele aposta. A receita fica guardada a sete chaves e foi herança do sogro de José Carlos Leandro, que se aposentou das praias há uma década. O recifense começou a vender caldinho com o sogro, o Caldinho do Biu, mas hoje mantém a marca própria com produção de mais de cem garrafas por dia. "Ele me incentivou a fazer o meu nome. Tinha medo de não dar certo". Com a renda, sustenta os três filhos e a esposa Silvânia.
Leandro cuida de toda a produção, que tem início na noite da sexta-feira, quando cozinha até 60 quilos de feijão. Depois, passa no liquidificador, peneira e engarrafa. Às 6h, os ambulantes do Ibura passam e se equipam. Leandro fornece bolsas, camisa e boné, material e garrafas térmicas, que rendem de sete a dez caldinhos. "Aqui ninguém tem vínculo ou compromisso comigo. Sei que muitos trabalham para ganhar um trocado a mais. Quando sai um, entra outro. É muita gente querendo vender meu caldinho", explica. São cerca de 50 ambulantes que circulam pelas praias do Pina e Boa Viagem.
*A matéria foi originalmente publicada na Superedição do dia 18 e 19 de março Conheça o processo de produção do Caldinho do Leandro: