Notícia de
Gastronomia
Especial
Comida de raiz é grande estrela nos pratos da segunda edição do Comida di Buteco
Concurso vai até o dia 8 de maio e passa por Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes
Por: Katarina Bandeira
Publicado em: 18/04/2016 17:00 Atualizado em:
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Botecos capricham em comidas com toques regionais. Fotos: Parlato/Divulgacao |
Em uma caminhada pelas ruas do Recife, é bem possível cruzar com um ou dois botecos apinhados de pessoas, em um rotineiro momento de celebração. Cerveja gelada, preço justo, clima descontraído e receitas simples são os principais atrativos dos recantos. Com o intuito de chamar a atenção para esses estabelecimentos e exaltar a comida caseira dos cardápios, começa hoje a segunda edição pernambucana do concurso Comida di Buteco, em 22 casas espalhadas pelo Recife, por Olinda e Jaboatão dos Guararapes. A votação é feita através de cédulas, com notas para os quesitos de atendimento, sabor, higiene e temperatura da bebida. O vencedor concorrerá, no dia 14 de julho, à final nacional, no Rio de Janeiro.
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Ele também reforça o amor pelo lugar, administrado com a família, e garante não deixar nenhum freguês na mão. “Já aconteceu de chegar um cliente com o boteco quase fechando, nem tinha mais mesa na calçada, mas a gente serviu mesmo assim. Eu não podia deixar ele ir gastar dinheiro em outro lugar”, brinca.
O teto máximo de R$ 25,90 para os preços é um dos agrados da competição. E não falta criatividade, como no Carré de Cordeiro (R$ 25,90), da Budega do Rafa, também em Setúbal. Apesar do nome, o prato é na verdade feito com carne de bode, bem temperada e macia. O petisco acompanha batatas fritas e anéis de cebola empanados. “Eu sei que não é todo mundo que gosta de bode, mas a gente resolveu arriscar”, comenta o proprietário Rafael Santaianni, que ganhou o segundo lugar em 2015. O vencedor foi a Confraria do Zé Perninha. O movimento aumentou 100% durante o evento e o dono já investe em melhorias para o espaço físico.
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Receita de geração para geração
Muitos botecos competidores são verdadeiras relíquias familiares e guardam histórias descobertas a cada garfada ou gole gelado de cerveja. É o caso do bar Sem Nome, situado em Jaboatão dos Guararapes. O local foi inaugurado há mais de 50 anos e já na terceira geração de proprietários na mesma família. “Antigamente, isso aqui tudo era mato, não tinha ninguém, e minha avó Ernestina - conhecida como Dona Lelé - saiu desbravando e cortando o terreno com as próprias mãos. Ela fez uma promessa para a Menina Sem Nome (criança assassinada na década de 1960 e hoje cultuada por fazer supostos milagres): se o negócio vingasse, colocaria o nome no estabelecimento. E deu certo”, relembra Ana Paula. Ela largou a carreira como guia de turismo depois da morte do pai e assumiu o espaço. O Bar Sem Nome oferece uma Sardinha ao molho de tomate (R$ 19,90), servida com cubos de pão, escolha feita para dar oportunidade aos pescadores da região.
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