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Diferentemente dos vinhos chilenos, os italianos são mais gastronômicos e, por isso, pedem harmonização. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press |
Consumida no mundo inteiro, o vinho é uma bebida que contempla histórias e tem características próprias. O enólogo – especialista em vinhos – Vincenzo Protti, ministrou dois dias de curso na Casa dos Frios, nas Graças, e falou sobre as vinícolas italianas (cerca de 6 mil), além de apresentar dicas de como os consumidores podem escolher a bebida e entender o que está escrito nos rótulos de cada marca.
“Todos os vinhos disponibilizam rótulo e contrarótulo. Há menções obrigatórias, como o teor álcoolico, volume nominal, engarrafador, referência do produtor, indicação de proveniência e sulfitos, além, claro, das informações facultativas. Tendo isso como base, o consumidor vai escolher o que melhor se enquadra com o seu gosto”, explica Vincenzo.
Segundo ele, o rótulo deve fornecer elementos que lhe permitam conhecer as características e informações como de onde vem, como conservá-lo e qual a melhor temperatura de serviço. Desse modo, o enólogo afirma que o consumidor vai achar não só o vinho de sua preferência, mas vai saber também a melhor maneira de conservar, uma vez que muitos vinhos se estragam por conta da forma como são guardados. “As informações do rótulo são o passaporte do vinho”.
O enólogo explicou também que questões referentes à safra e condições metereológicas pelas quais as uvas passam influenciam na qualidade do vinho. Além das dicas, o italiano Vincenzo falou sobre a diferença dos vinhos italianos e dos chilenos, dois diferentes vinhos bastante disputados no Brasil. “Não posso dizer que os italianos são melhores que os chilenos ou os argentinos. Cada um tem particularidades, aromas e sabores”, ressalta.
“A diferença é que os italianos são mais gastronômicos, pedem pratos como acompanhamentos. Já os chilenos são facilmente consumidos sozinhos. Não só os vinhos italianos, mas os vinhos europeus de modo geral, concentram uma maior acidez e, consequentemente, pedem harmonização”, pontua Vincenzo.
Uma boa dica, segundo ele, é escolher a comida da cor do vinho. “Vinhos brancos combinam com peixe ou bacalhau. Os vermelhos combinam com carnes ou massas que levem molho de tomate ou bolonhesa”, compara o enólogo.