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Notícia de Gastronomia
Método Especialistas explicam a diferença entre métodos para preparar café A prensa francesa é um método simples e muito procurado pelos amantes do café

Por: Rebeca Oliveira - Estado de Minas

Publicado em: 16/02/2015 10:00 Atualizado em: 18/02/2015 19:31

Consumido por muitos, o café pode ser feito de diferentes maneiras. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press
Consumido por muitos, o café pode ser feito de diferentes maneiras. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press
O café é a segunda bebida mais consumida no país (só perde para a água). A popularidade da bebida causou algumas alterações na forma como ela é produzida. O surgimento de lojas especializadas em cafés gourmet e o crescimento de rótulos premium são notáveis. E, em casa, há quem tenha substituído os métodos manuais de preparo pelos automatizados (a exemplo das máquinas de café espresso ou de café em cápsulas). No entanto, as máquinas de café não substituíram métodos tradicionais de preparar a bebida.

Em coador de pano, de papel ou na cafeteira elétrica, o café coado é o mais democrático e consumido no país. Como não há pressão no coador (apenas a atmosférica), é uma bebida suave e “limpa”, de acordo com Juliana Pedro, proprietária da Ernesto Cafés Especiais. “No café coado não há óleos ou pó em excesso. Nele, dá para perceber melhor as notas e os aromas de cada grão”, alega. No coador, a filtragem do pó leva de um a dois minutos. Esse contato da água com o pó confere ao café coado grande porcentagem de cafeína, se comparado ao espresso, que é feito em, no máximo, 30 segundos (o café espresso, embora pareça mais forte, tem uma das menores concentrações de cafeína).

“Aqui na Ernesto, pessoas preferem o café coado: pessoas mais velhas e um público que está começando a tomar cafés especiais. Costumo dizer que o café coado é o ‘café da moda’”, comenta Juliana Pedro.

Nas prateleiras do supermercado, um pó de café comercial não tem nenhum tipo de especificação em relação à moagem. Mas, geralmente, são os que mais se adaptam ao café coado. É daí que nasce a popularidade dessa forma de preparo. “Ao comprar o café para o coador em casas do ramo, deve-se pedir uma moagem fina, com, no máximo, 1/3 da potência do moedor”, recomenda Juliana Pedro.

Prensa francesa

A prensa francesa é um método simples e eficiente. O café é extraído por meio de pressão manual. O equipamento não produz um café forte em sabor, mas com elevada concentração de cafeína. É o método de extração que mais se aproxima do café de coador. Insere-se o pó em um compartimento geralmente feito de vidro, e, em seguida, formando um ângulo de 90º, coloca-se água quente.

Após um minuto, no recipiente em que está essa solução de água e café, pressiona-se um êmbolo coberto por pequenos furinhos (com funcionamento semelhante ao de uma seringa) para que o café passe por ele.

“É preciso que o pó não seja muito fino, caso contrário o café ficaria muito amargo e cheio de borra”, afirma Jackson Machado, proprietário do Café do Chef. “A vantagem da prensa é seu café produzido sem uso de gás ou de energia elétrica. Você o prova assim que prepara. Ele não fica sob aquela temperatura forçada da garrafa térmica. É como um chá ou infusão”, acrescenta Machado.

O grão utilizado na prensa francesa deve ter uma granulatura média (nível 5 do moedor). Moído na hora, ele é vendido na casa por R$ 40, 500g. É importante que o grão seja torrado e moído recentemente, e a embalagem ternha uma válvula que ajude a manter o aroma e o sabor.

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