Como uma cidade cosmopolita que é, o Recife recebe de braços abertos estrangeiros que buscam um estilo de vida diferente. Se eles forem bons de cozinha, melhor ainda para os apaixonados pela gastronomia internacional. Restaurantes italianos, franceses, japoneses e portugueses já conquistaram o paladar dos pernambucanos. Mas há nações aqui representadas que não são tão conhecidas assim. Já imaginou provar um típico churrasco coreano preparado por quem realmente entende do negócio? E um saboroso fondant de chocolate pelas mãos de uma belga? Navegue por esses e outros sabores...
| |
Soon Ja Choi, do Burgoguí, chegou ao Brasil em 1970. Foto: Lucas Oliveira/Esp. DP/D. A Press |
CoreiaSoon Ja Choi está no Brasil desde 1970. A chef do Restaurante Burgogui saiu da Península Coreana para acompanhar o marido jornalista. “Abri primeiro uma loja de presentes, mas sentia a falta da comida coreana”. No cardápio, a maioria dos pratos requer uma maneira especial para comer, geralmente com a mão. O clássico churrasco, Burgogui (R$ 71,70), é o mais pedido. A carne escolhida é assada em uma chapa na mesa e deve ser “embrulhada” com os acompanhamentos no alface.
| |
O croata Cláudio Kovacic trabalha com menu degustação. Foto: Arthur de Souza/Esp. DP/D. A Press |
CroáciaCláudio Kovacic é o responsável por um pequeno bistrô em Santo Amaro, que leva o próprio nome. O croata era sanitarista e estava em busca de um país mais tropical para viver. O Kovacic funciona apenas como menu degustação, sempre por R$ 89,75, por pessoa. “A principal característica da cozinha croata é não trabalhar com produtos congelados e a valorizar os alimentos produzidos na casa”, garante o chef.
| |
O argentino Leonardo Escudero procurava uma cidade com praia quando decidiu morar no Recife. Foto: Roberto Ramos/DP/D. A Press |
ArgentinaLeonardo Escudero e família estavam cansados da Argentina e procurando um novo país para morar, de preferência com praia. Acharam em Pernambuco uma boa e agradável opção. Formado em recursos humanos, acabou encontrando uma oportunidade de investir mais nos dotes culinários. Abriu em Boa Viagem o Ramon Bar, especializado em comidas argentinas, há cerca de um ano e meio. O negócio deu tão certo que até o irmão de Leonardo já chegou ao Recife e montou um bar dentro do restaurante. O Choripar (R$ 10) é o mais pedido, com pão francês, chimichurri, tomate, cebola, alface, linguiça e maionese caseira.
| |
O Siwichi, tocado pela família peruana Bresani, já funciona há um ano no bairro das Graças. Foto: Roberto Ramos/DP/D. A Press |
PeruNão seria exagero dizer que o peruano é o povo mais apaixonado pela própria gastronomia no mundo. As influências do país andino estão presentes tanto nas receitas quanto na decoração do Siwichi Cebicheria, comandado pela família Bresani há um ano no bairro das Graças. “Fazemos do restaurante uma extensão da nossa casa. Cozinho como se fosse para minha família, com tempero bem caseiro”, destaca a chef Roxana Brasani, nascida em Lima. O Cebiche Misti (R$ 30) e o tradicional Pastel de choclo (R$ 28) estão entre os mais pedidos do cardápio.
| |
O Escalante's, do guatemalteca Fernando Escalante, mescla sabores texanos e mexicanos. Foto: Bernardo Dantas/DP/D. A Press |
GuatemalaDepois de muito viajar de país em país cuidando da cozinha de um navio, Fernando Escalante se interessou pela costa do Nordeste. “Saí da Guatemala aos 16 anos e desde então trabalho em restaurantes. Depois da faculdade de administração, comecei uma de gastronomia”, disse. O dono do Escalante’s Tex Mex uniu no cardápio toques mexicanos e texanos. “Mas o ceviche, por exemplo, é típico da Guatemala”, afirmou. Um dos mais pedidos é a entradinha Maria do Bairro (R$ 34,90) que reúne pequenas porções de nachos, enroladinho de frango, quesadilla e outros quitutes que servem de 2 a 3 pessoas.
| |
A belga Brigitte Anckaert era aeromoça. foto: Nando Chiappetta/DP/D. A Press |
BélgicaO Chez Brigitte foi inaugurado no Recife em 2009, sob o comando da chef belga (e ex-aeromoça) Brigitte Anckaert. Começou abrindo uma pousada em 1986 e dando pitacos na cozinha. As fritas belgas, com batatas in natura são destaque na casa, mas as mais vendidas são as Codornas desossadas (R$ 42). A chef ainda prepara pratos tailandeses, paella e cuscuz marroquino, que aprendeu enquanto trabalhava viajando.
ServiçoEscalante’s Tex MexOnde: Rua Professor Eduardo Wanderley Filho, 336 - Boa Viagem
Telefone: (81) 9683-0101
KovacicOnde: Rua Dom Pedro Henrique, 153A - Santo Amaro
Telefone: (81) 9612-7776
Restaurante BurgoguiOnde: Rua Venezuela, 153 - Espinheiro
Telefone: (81) 3423-0692
Ramon BarOnde: Rua Olavo Bilac, 20 - Boa Viagem
Telefone: (81) 3036-6930
Chez BrigitteOnde: Rua Esmeraldino Bandeira, 106 - Graças
Telefone: (81) 3221-4151
Siwichi CebicheriaOnde: Rua do Cupim, 53 - Graças
Telefone: (81) 3204-9921